A reprodução da imagem de Che Guevara em camisetas e pôsteres geralmente utiliza uma famosa pintura feita pelo artista plástico irlandês radicado nos EUA Jim Fitzpatrick a partir da foto tirada por Alberto Diaz Gutiérrez, conhecido profissionalmente como Alberto Korda, divulgada pela Revista Paris Match, que se tornou a segunda imagem mais difundida da era contemporânea, atrás apenas de uma imagem de Jesus Cristo A revista norte-americana Time incluiu Ernesto "Che" Guevara na sua lista das 10 personalidades mais importantes do século XX, na secção "Líderes e Revolucionários". Na Argentina foi eleito o maior político argentino do século XX, obtendo 59,8% dos votos, em enquete feita por TV.
A imagem do Che é mítica em toda a América Latina. Na localidade onde foi assassinado em 1967, ergue-se atualmente uma estátua em sua homenagem. Passou a ser conhecido na região como "San Ernesto de La Higuera" e é cultuado como santo pela população local. Sua imagem mítica, capturada por Korda e imortalizada no desenho de Fitzpratick, surge nos locais os mais diversos: em anúncios do banco de investimentos luxemburguês Dexia, num retrato feito com folhas de coca meticulosamente sobrepostas exibido no gabinete do presidente Evo Morales, em biquines da Companhia Marítima desfilados por Gisele Bundschen em tatuagens no braço de Maradona e no peito de Mike Tyson.
O atual regime cubano ainda hoje homenageia Che Guevara, onde é objeto de veneração quase religiosa; as crianças nas escolas cantam: "Pioneros por el comunismo, Seremos como el Che". Seu mausoléu em Santa Clara atrai, todos os anos, milhares de visitantes, muitos dos quais estrangeiros.
Para os adversários de Che essa glorificação messiânica é injustificável. Relembram eles que, longe de ser um humanista, Che Guevara aprovou pessoalmente centenas de execuções sumárias pelo tribunal revolucionário de Havana. Ele mesmo escreveu: 'As execuções são uma necessidade para o Povo de Cuba, e um dever imposto por esse mesmo Povo.'. Os campos cubanos de trabalhos forçados de reabilitação foram uma criação sua."
A conhecida fotografia de Ernesto 'Che' Guevarade autoria de Alberto Korda foi captada em março de 1960 em um serviço funerário cubano, mas só foi publicada sete anos depois.
O Instituto Mayland de Arte intitulou a foto de Korda de "a mais famosa fotografia no mundo e símbolo do século XX."
Um versão modificada do retrato tem sido reproduzida em uma grande variedade de mídias, apesar de Korda nunca ter solicitado royalties daqueles que publicaram a imagem devido às suas crenças nos ideais de Guevara.
Apesar de Korda não reivindicar direitos sobre a imagem, não deixou de impedi-la de ser usada certa vez em um anúncio de vodka. Korda era um comunista convicto e queria somente evitar a exploração comercial da imagem, dizendo aos repórteres:
'Como defensor dos ideais pelos quais Che Guevara morreu, não me oponho à sua reprodução por aqueles que desejam difundir a sua memória e a causa da justiça social por todo o mundo.'
A imagem mais famosa de Che Guevara é o desenho do seu busto em alto contraste baseado na foto de Alberto Korda. Esta imagem foi reproduzida em diversas variações: algumas em vermelho e preto, outras em preto e branco, e algumas em preto e branco com uma estrela vermelha pelo artista irlandês JimFitzpatric, um artista muito mais conhecido por seus desenhos de divindades e seres da mitologia irlandesa.
É interessante comparar a posição dos olhos no original e na versão de Fitzpatrick. No original, os olhos são focalizados na área da frente de Guevara; no desenho, os olhos estão olhando na distância. Há um significado heróico nesta posição nova; enquanto o original é humano, frágil, e uma falha: olha preocupado. Olhando para cima, o rosto vazio está em um ato de agressão, ele inclina a cabeça para baixo como um touro pronto para atacar. Neste gesto simples, o reposicionamento da posição dos olhos, a imagem de Che torna-se apropriada em uma imagem, uma impressão, um símbolo - da fotografia original, completa, em níveis de cinza de Korda. A nova versão, somente com dois tons, imagem-ícone, ao contrário da fotografia original, de documentário, é ajustada para o uso em massa.
A técnica de Fitzpatrick foi usada mais tarde por Andy Warhol com os mesmos processos gráficos que usou sobre retratos de Marylin Monroe."
Fonte - Wikipédia, a Enciclopédia Livre - Internet.