João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Dia de Finados

Dia de finados. Dia dos mortos. Dos que passaram dessa para a melhor. Dos que moram na cidade dos pés-juntos. Daqueles que já se foram. Dos nossos entes queridos que partiram e deixaram lembranças e saudade. Dia dos que tiveram fim. Fim do corpo, pois as velas que são acesas nesse dia são para a alma imortal.

A morte é natural, assim como o nascimento. Ciclo da vida que se fecha. Vida física, deste mundo material. Tristeza, dor e lágrimas. Morrer é ruim, perder alguém, igualmente. Mas todo mundo que nasceu vai passar por isso, perderá e morrerá. Todo mundo, ao final, morre, vira finado. Seu dia será, assim, o Dia de Finados. Pelo menos enquanto for lembrado por alguém que ainda vive nesse mundo. Quando esquecido, até finado deixará de ser. Será como se não tivesse existido. Mas existiu, mesmo que os vivos não tenham mais ciência disso. Logo, vive-se, aqui, é no tempo presente. Todo mundo. Todós nós. Toda essa gente bonita, toda essa gente feia e toda essa gente mais ou menos.

Amanhã, Dia de Finados, acenderei uma vela para aqueles que eu e ninguém mais sabe que existiu, mas que existiram. Espero que um dia alguém também faça isso por mim e por todos nós, para quando eu e vocês não formos sequer uma lembrança nesse mundo, mesmo sendo almas imortais no plano espiritual. Uma vela acesa para iluminar os apagados desse mundo, para os esquecidos, para os que existiram e que foram viventes e depois finados. Uma vela e uma oração, luz para os que não tiveram fim, mas que apenas passaram adiante. Um Pai Posso para todos os irmãos, filhos do mesmo Pai, que, antes de nós, vieram e já se foram para a eternidade azul infinita.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 31/10/2019
Alterado em 31/10/2019
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