20.08.07 03h:45min
Qual o sentido?
O que vem depois?
Dessas coisas
não tenho certezas,
só esperanças.
Só sei que cada dia,
cada minuto que passo por aqui,
é uma dádiva.
Como esse momento,
em que o vento frio da madrugada
gela o meu corpo saudável
e balança as folhas das árvores.
As ruas de Charqueadas estão vazias
e o mundo é só meu.
E cada momento desses
é único e é belo;
e é efêmero;
e já está a passar.
Assim como o guarda noturno
em sua bicicleta.
Assim como eu
e todo o mundo de meu tempo,
inexoravelmente.
E eu agradeço a oportunidade
de estar aqui,
sentindo e respirando.
Em paz
e...
Feliz.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 30/09/2007