João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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O porco e o urubu


Bom dia. Meus amigos me chamam de Azulão. Na terça-feira passada decidi comprar um porco para a janta. Pois não é que ele me fez mal? Nem te conto! Mas pior se deu com meu vizinho, o Vermelho: resolveu, no dia seguinte, sair para jantar fora e foi num restaurante fino, lá no Rio de Janeiro, cujo chef é um portuga, comer, vejam só, carne de urubu. Não deu outra: o urubu fez duas vezes mais mal pra ele do que o porco fez para mim!

Mas eu e o Vermelho somos dois teimosos. Recuperados das desventuras gastronômicas em série da semana passada, vamos tentar os cardápios de novo, só que invertido. Agora eu é que vou ir jantar fora, hoje. Vou a São Paulo, no restaurante Itália, do meu amigo gringo Luis Felipe, comer novamente carne de porco. Enquanto isso o Vermelho, que foi mais acometido que eu, vai ficar por casa e resolveu ele mesmo fazer a tal carne de urubu, amanhã. Quero só ver no que vai dar isso tudo!

Mas digo que nem tudo foi ruim pra nós nas últimas semanas. Passando por Minas Gerais, o Vermelho conseguiu 1 Cruzeiro por lá. Já eu, que estava em casa, corri 2 quilômetros pela Arena e fiquei mais Atlético. Assim, pode ser que eu e o Vermelho possamos nos encontrar para uma Taça de vinho no restaurante Copa do Brasil, afinal. Tudo isso depende do Vermelho ganhar mais um Cruzeiro ou, pelo menos, não perder nenhum correndo lá pela Beira Rio, ou eu não tropeçar num Paranaense. Aposto que tem boas chances disso acontecer, ou não me chamo Azulão!

Já no caso do porco e do urubu, sei lá, tá mais difícil, estamos os dois praticamente no mesmo barco meio esgualepado, tipo aquele em que os navegadores vieram para descobrir a América, em tempos idos, antes de surgirem os Libertadores, como Bolivar. Não sei qual tarefa será mais árdua: comer um porco fora sem tomar um gole qualificado de remédio para enjôo ou se comer dois urubus em casa sem tomar o mesmo gole qualificado. Todavia, na quarta, já saberemos se estaremos os dois ou mesmo um de nós semi ou finalmente recuperados.

Quem viver, verá. 
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 26/08/2019
Alterado em 26/08/2019
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