Noite artística no Tempero Literário
Ah, dia 30 foi uma daquelas noites em que a gente se diverte nessa vida cumprida a sol, como cantou a Elis naquela canção do Renato Teixeira. Aconteceu no Tempero Literário, em São Jerônimo, espaço cultural e gastronômico do Luciano e da Renata Domingues.
Chegamos lá e já pudemos conferir, nas artes plásticas e visuais, a exposição de fotos de Carlos Guedes e de aquarelas e desenhos de Jaq Lucas, Manoel Henrique e Luis Roberto, logo na entrada. O Tempero é um espaço todo em estilo rústico, muito legal, que possui as mesas para a culinária (no cardápio da noite, panquecas, ou melhor, crepes franceses, feitos com manteiga e fermento), um palco interno e uma sala de estar que também é uma biblioteca. Aliás, justificando o nome, você lá encontra livros por todo lugar: nas paredes, divisórias, sob as mesas e demais móveis.
De início, agora no cardápio musical, ouvimos a banda Tramateia, com seu rock nacional consciente e qualificado (“Fale mais alto, Albert Einstein”), num palco improvisado na área livre aos fundos do prédio. Depois, no palco interno, tivemos o som voz & violão de Larissa e Francisco (gostei da interpretação deles de Canto de Osanha), o violão-voz-baixo de Pradella e Rambor (“O samba é pai do prazer e filho da dor...”), os maravilhosos e competentíssimos instrumentais nos violões de Jonas Cândido e Ariel Vicente e uma banda de rock muito boa, com duas vocalistas, pessoal que eu não conhecia e esqueci de anotar o nome, eis que feliz-feliz com a cabeça já cheia de uma tal cerveja 33 pilsen, muito gostosa e que não dá ressaca.
Na parte da literatura, uns textos meus, do Luciano Domingues e da Júlia Azzi sobre as mesas, sendo que essa última e também Rosilane Rocha foram ao palco recitar poesias de autoria própria. Aliás, Júlia trouxe ao evento a coletânea “O verbo em nós” (Sintrajufe, 2017), da qual participa com textos em prosa. Juliano Domingues, nesse mesmo embalo literário, estava lá com seu livro recentemente laçado, sobre a história do Nacional Futebol Clube, de São Jerônimo. Doei para o acervo bibliográfico do Tempero o livro Verônika Maran, da Jule Santos, autora de Brasília que retrata o cotidiano do serviço de emergência num hospital do SUS pela ótica de uma médica plantonista.
E foi isso. Uma grande noite, sem dúvida.
Texto publicado em 03/05/2019 no site Portal de Notícias:
https://www.portaldenoticias.com.br/ler-coluna/904/noite-artistica-no-tempero-literario.html