Gauchão, o mais difícil:
o lanterna foi o campeão!
Domingo passado, no Estádio Bento Freitas, casa do verdadeiro Brasil, o de Pelotas (como escreveu Peninha), o Mosqueteiro Tricolor saiu da obscuridade da lanterna para, tal qual um super-herói, obter o luminoso título de Campeão Gaúcho 2018, por mais paradoxal que essa metáfora seja. E vejam que fez isso depois de longos oito anos de espera, visto que, como digo, o Gauchão é o campeonato mais difícil do mundo.
99 anos depois daquela primeira final de Gauchão, foi a vez do Grêmio de Porto Alegre superar o Grêmio de Pelotas. E vejam que o Xavante obtivera a melhor campanha da primeira fase, sagrando-se campeão da Taça Centenário da Federação Gaúcha de Futebol (fundada em 1918), feito que sempre salientamos aqui no Portal. O placar: Brasil 0x3 Grêmio. Aquele Grêmio 1x5 Brasil de 1919, em pleno Fortim da Baixada no Moinhos de Vento, agora pode ser desatravessado da garganta, tornando-se apenas um passado distante.
O personagem principal do título não entrou em campo: Renato Gaúcho, treinador gremista, aquele que, quando jogava, foi melhor que o CR7 e, inclusive, fazia gols de bicicleta mais bonitos que o recentemente feito pelo gajo portuga, mostrando que existe uma diferença entre o gênio e o craque. É o seu quarto título em dois anos, comandando uma equipe que já está ficando perigosamente enfadonha: é sempre 4x0 ou 3x0. Logo, a equipe está ficando pouco criativa. Renato deve se preocupar com isso para os próximos jogos, buscando resultados diversos, tipo 1x0, 2x0, 5x0 ou 6x0, mas chega de 3 e 4, por favor!
Buenas tchê, era isso. Em 2017 o Noia Anilado bateu o Vermelhinho do Gauíba; em 2018, o Azulão do Humaitá superou o Encarnado de Pelotas. Assim, continua tudo azul no Rio Grande do Sul, em duas finais com quatro clubes diferentes, demonstrando que o Gauchão é realmente o campeonato mais difícil do mundo, onde até com o lanterna os cueras têm de tomar cuidado!