Montagem: Marcos Essvein, jornal Portal de Notícias.
Gauchão, o mais difícil: Grêmio xGrêmio, 99 anos depois
Quando o campeonato começou a ser definido no fio do facão, só ficaram em pé na peleia os mais fortes, ou seja, os dois grêmios, o Portoalegrense e o de Pelotas, também denominado Brasil, assim como eu esperava e escrevi aqui no Portal em 12 de março. Curiosidade: o Portoalegrense tem o nome e não o usa, enquanto o outro Grêmio usa o “Pelotas” e não o tem no nome. Idiossincrasias do futebol cuera.
Depois eu digo que o Gauchão é o campeonato mais difícil do mundo e alguns riem. Pois vejam, o Portoalegrense saiu lá dos cafundós da lanterna para a final, enquanto o Pelotas (não confundir com o seu rival citadino, o Lobão, pois esse sobre o qual escrevo é o Xavante) confirmou a melhor campanha da primeira fase, conquistando a Taça 100 Anos da Federação Gaúcha de Futebol, fato que, aliás, não foi noticiado pela imprensa estadual como merecia a importância do feito. O Grêmio Brasil foi o primeiro campeão Gaúcho, em 1919, há 99 anos e, esse ano, levantou tal caneco, histórico! Nós, aqui do Portal, destacamos isso ao final da fase, enquanto os outros veículos só babavam a classificação da dupla Grenal.
A propósito, sabem com quem foi a final de 1919? Contra o mesmo Portoalegrense, no Fortim da Baixada do Moinhos de Vento: 5x1 para o Grêmio de Pelotas! E o Gauchão é um certame tão encardido e entreverado que só agora, quase um século depois, tivemos a revanche numa final! E o Mosqueteiro, hoje sediado na Arena do Humaitá, devolveu no Domingo de Páscoa o chocolate pro Xavante: 4x0. A ovelha já tá 99% tosquiada! E não foi 1º de Abril, foi vero!
Ah, nunca é demais lembrar: O Juventude, o outro time riograndense na Série B do Brasileiro, nem ficou entre os oito para o mata-mata! O campeão de 2017, o Novo Hamburgo, idem! E o segundo clube bagual da Série A, o Internacional (o de Porto Alegre, não o de Santa Maria), deu adeus tia Chica já nas quartas de final, após o Saci ser sangrado com três estocadas pelo Mosqueteiro, na Arena. Aliás, foram essas três no Saci, três no Periquito e as quatro de domingo no Xavante. O Mosqueteiro está implacável!
Domingo que vem é no Bento Freitas. Não tá morto quem luta, quem peleia. “Emboras lá pra vê”.