João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
Capa Meu Diário Textos Áudios Fotos Perfil Livros à Venda Livro de Visitas Contato Links
Textos
O Americano da Colônia

Vi no Facebook postagem do Marcelo Duarte dando conta de que o Clube Americano está sendo reformado por, segundo ele mesmo informa, “uma equipe de trabalho, direção do IPCH, Cunha e eu, mais o colega da laboral e trabalhadores, o apoio e cooperação do amigo Mico.... Enfim, união de amigos”. Quem, como eu, é da Colônia, comunga da importância disso.


Eu nasci no final da década de 1960, em casa, na Colônia, pelas mãos da parteira Gessi Quadros, bem como o Miguel Acosta e o Nene Barth, que eu me lembro agora de cabeça, dentre muitos outros. Logo, quase 100% charqueadense, pois quem nascia na Colônia era da Colônia, não de Charqueadas. Charqueadas era “outra cidade”.

As minhas primeiras lembranças do Clube Americano foram em parceria com o Gó, filho do seu Caroço e da dona Eraida. Explorávamos o Casarão da Colônia, que ainda era em parte habitado, e também o Clube, que estava desativado. Forçávamos a porta dos fundos e, lá dentro, subíamos no forro para desmontar os reatores das lâmpadas, dentre outras peraltices inofensivas. Coisa de gurizada medonha curiosa.

Meus pais começaram a namorar durante um baile lá realizado e meu avô materno, pelo início da década de 1950, fora ecônomo do Americano. Depois reativaram o Clube, antes do final dos anos 1970, sendo que eu tive oportunidade de ir com meus pais em jantares e eventos ali realizados.


Recentemente, quando do espisódio do patrolamento do cemitério, fui na Colônia ver o que acontecia. Meus avós maternos foram enterrados lá, mas depois seus restos mortais foram tranladados para o Julio Rosa, na cidade vizinha, Charqueadas, para onde havíamos nos mudado para a Cohab. Tenho recordações de alguns enterros que eu, criança, acompanhei naquele campo-santo, como o do seu Lagarto, de quem recordo vivamente a imagem, embora tenha esquecido o seu nome e só lembre o apelido.

Pois bem, após conferir o ocorrido no cemitério, dei uma volta pela cidade e fiquei surpreso ao ver o estado de abandono do Americano, o que vocês podem conferir pelas fotos, retiradas da linha do tempo do Marcelo. Aliás, o Marcelo é filho da Stela, que foi colega de primário de minha prima Paula e de mim no Ramiro Barcellos, que funcionava ainda no antigo prédio, que ainda existe, ocupado pela BM, ao lado da PEJ. Pensei, ao ver a situação do prédio do Clube, que em pouco tempo seria o próximo a ser patrolado.

Entretanto, graças a iniciativa de atuais moradores da Colônia, isso não irá acontecer e o velho Clube Americano, acredito, novamente renascerá. Quem chegou ao fim dessa crônica e deseja contribuir com a revitalização, pode deixar tintas ou pregos no Bar do Mico, conforme o Marcelo. Para saber de detalhes mais precisos, é só ir ao Face dele, achar a postagem e perguntar sobre o andamento da obra.
 
Por fim, quero dizer:
- Valeu, pessoal da Colônia! 



Textro publicado no site do jornal Portal de Notícias em 09.02.2018: http://www.portaldenoticias.com.br/ler-coluna/461/americano-da-colonia.html
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 25/02/2018
Alterado em 26/02/2018
Comentários