Jerusalém
Quinta-feira, 8 de abril, 27 d.C. (*)
É o penúltimo dia de Jesus no plano físico e o último juntos aos apóstolos.
Jesus sabia das tarefas a desempenhar em cumprimento a vontade do Pai e das consequências que sofreria. Tudo predisse aos discípulos: a traição, a prisão, a fuga dos apóstolos, as negações de Pedro, a paixão, a ressurreição, o ódio e perseguição aos apóstolos.
Antes da última ceia com os discípulos, pela Páscoa Judaica, lavou-lhes os pés. Durante a ceia, a "Santa Ceia", divide o pão e o vinho, simbolizando o seu corpo e sangue em oferta, o cordeiro puro a ser entregue em sacrifício ao Pai, pelos homens, ato supremo de amor ao próximo, exemplo prático extremo.
À noite, endossou todos os seus ensinamentos:
- humildade: servir;
- prática amorosa;
- fé frutífera;
- e, o principal, o novo mandamento: "assim como eu vos amei, que também vós uns aos outros vos ameis".
Duas lições, proféticas, valeriam para o dia seguinte, para o ministério dos apóstolos e para os séculos vindouros, perdurando até os dias atuais: o ódio ao outro e o assassinato em nome de Deus. O recente atentado a bomba ocorrido no Egito, durante uma missa no Domingo de Ramos, é apenas mais um triste exemplo. O difícil, mais do que entender a Palavra, é praticá-la.
Já no Monte das Oliveiras, orou longamente a Deus pelos apóstolos e por aqueles que ouvissem a Palavra por eles disseminada: "a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim".
E, também, ressaltou a dimensão das dores humanas, que também o afligiam como espírito encarnado no momento que adviria: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca".
Próximo à meia noite, Jesus orava junto ao Jardim de Getsêmani.
(*) - Datação conforme:
PAGLIARIN, Juanribe. Jesus - A vida completa. 36ª ed.São Paulo: Bless Press. 2016