Na próxima quarta-feira, 15, as centrais sindicais de trabalhadores se unirão num movimento nacional contra as reformas previdenciária e trabalhista propostas pelo governo Temer, como evidencia a imagem acima, uma chamada produzida por uma dessas centrais, a NTSC. Aliadas a ela, convocando a manifestação, estão CUT, UGT, CTB, Força Sindical, CGTB, CSP e CSB.
Tal união se dá principalmente devido às alterações na área previdenciária que a PEC 287/2016, que tramita na Câmara dos Deputados, estabelece, retirando de forma drástica vários direitos dos assalariados dos setores público e privado, além de afetar aposentados e pensionistas. A reforma é o segundo passo pretendido pelo governo Temer para o ajuste fiscal, que iniciou com o congelamento de gastos com saúde e educação e que, também, envolve a terceirização e a reforma trabalhista.
As centrais sindicais, é mister salientar, tem relações que vão do centro à esquerda do espectro político e algumas, como a Força Sindical, agregam setores que defenderam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Assim, a base de sustentação do governo Temer começa a se fragmentar quanto a aprovação da reforma, principalmente no Senado Federal.
Logo, a mobilização do dia 15 será fundamental para a intenção dos que se contrapõe a mesma que, segundo pesquisas divulgadas na imprensa, tem a reprovação de 74% dos brasileiros (revista Veja) que, igualmente, são contrários ao aumento da idade mínima para 65 anos (86%, conforme a revista Carta Capital).
Será, de fato, o “Dia D”: se os protestos do dia 15 forem suficientemente fortes, ficará difícil para um governo com baixíssimos índices de aprovação popular e mergulhado em denúncias de corrupção oriundas da operação Lava Jato convencer os deputados e senadores a votar à revelia da opinião pública majoritariamente contrária. Ainda mais que falta ao governo federal legitimidade das urnas para tal, eis que Temer foi eleito junto com Dilma e o programa apresentado pela chapa de ambos não propunha medidas dessa envergadura aos eleitores.
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8 DE MARÇO – O Dia Internacional da Mulher manteve seu histórico de ser uma data de luta para as mulheres, gerando protestos em todo o país contra as reformas previdenciária e trabalhista, que visam tolher muitas de suas conquistas. Dia 8 foi uma prévia para o dia 15.
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UNIÃO HOMOAFETIVA – Comissão do Senado aprova união estável e casamento para pessoas do mesmo sexo. É o Brasil finalmente começando a entrar no século XXI, reconhecendo os direitos de todos os seus cidadãos eleitores e contribuintes.
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LIBERAL E BRANCA – No centenário da Revolução Russa, a mais influente do século XX, é bom lembrar que esta não começou comunista e vermelha. Em 23 de fevereiro de 2017 (pelo calendário juliano, então utilizado na Rússia – 8 de março, pelo calendário gregoriano), justamente durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher, iniciou o movimento que culminaria com a deposição do czar Nicolau, uma semana depois. O governo provisório que assumiu era formado por nobres e burgueses, de caráter liberal e defensor da propriedade privada. Era a “Revolução Branca”. Só em outubro os bolcheviques chegariam ao poder.
ATO PÚBLICO EM CHARQUEADAS Contra a Reforma da Previdência Dia 15, 16h30min
No Largo da Prefeitura