João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos
“Toda noite de São João”...

...“eu sonhava em pegar na mão, de uma prenda bonita, de vestido de chita”. E eu peguei! Foi lá pela 3ª série, quando eu morava na Colônia e estudava no Ramiro Barcellos. Corria o ano de 1977, em que o Grêmio quebrou a hegemonia de oito títulos regionais consecutivos do Inter com aquele gol do André Catimba ao final do primeiro tempo onde, ao comemorar, ele tentou uma cambalhota e deu com a cara no chão, tendo de ser substituído.

Era a festa de São João da escola, eu era o noivo do casamento na roça e ela a noiva. Adorei o papel, tinha pouca fala e namorada! Eu, de fato, peguei na mão dela, às ganhas, somente depois da encenação, sentado no muro do colégio, que era fixado na parede da igreja Nossa Senhora de Fátima, sob sua marquise, eis que o Ramiro, à época, funcionava no seu prédio original, histórico, ao lado da PEJ, hoje ocupado pela BM.

Lembro bem da “minha noiva”, mas esqueci seu nome. Ela era morena, bonita, um pouco mais alta e um ano mais velha que eu. Foi um dos dias mais gloriosos de minha infância. Tão bom quanto tocar tarol na banda do Cruz de Malta no desfile de 7 de Setembro.

As escolas das séries iniciais do ensino fundamental ainda fazem festas juninas? Com fogueira e casamento na roça? Aquela foi num dia 24 de junho, como hoje. Inclusive, também caiu numa sexta-feira. Entretanto, eram “outros tempos”, como disse o Alberto André naquela canção. A noite do dia 24 era considerada a mais longa do ano. Era. Hoje todo mundo sabe que era só folclore, pois o solstício de inverno é no dia 21. Esse ano foi na segunda passada, 20, às 19 horas e 34 minutos: “Quem bate? É o frio! Não adiante você bater, que eu não deixo você entrar, as Casas Pernambucanas é que vão, aquecer o meu lar”. Lembram desse comercial? Outros tempos...

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NÚMERO DE VEREADORES – A redução do número de vereadores em Charqueadas irá diminuir a representatividade social naquela casa legislativa. Para reduzir os custos da mesma, repito o que escrevi aqui em outubro de 2015: “O que poderia gerar um ganho aos cofres municipais, entendo, é o debate sobre o repasse da verba devida ao Legislativo, que poderia ser rediscutida mediante uma análise técnica e criteriosa de quatro tipos de despesas: pessoal, diárias, manutenção e obras. Qual a quantidade de pessoal necessária para o adequado funcionamento administrativo e técnico do Legislativo (...)? As diárias não podem dar-se mediante ressarcimento de despesas realizadas? Qual a verba necessária para a manutenção da Câmara? Existe a necessidade de obras de ampliação ou reforma da mesma? Por aí é que se irá, acredito, pensar o Legislativo de forma a que o mesmo não seja enfraquecido em sua importância e que a figura do vereador não acabe por ser reduzida a um papel secundário e desprestigiado”. Reduzir o número de vereadores (o que creio ser um equívoco), sem debater isso, não atacaria a raiz da questão.

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BANRISUL - O governo estadual fragiliza o Banrisul ante seus clientes? Prenúncio de privatização? É algo que se pode conjecturar a partir do caso do pagamento do empréstimo do 13º dos servidores estaduais à descoberto, na terça, quando milhares de funcionários, por isso, ficaram com o limite do negativo estourado durante todo o dia, passando constrangimentos. Só o Banrisul fez essa operação de crédito para os servidores, igualmente aberta aos bancos privados, que a recusaram. Logo, o fato é que, sem o Banrisul, os servidores não teriam opção e ficariam sem o décimo em dezembro passado. A responsabilidade pelo ocorrido teria sido da Secretaria da Fazenda, que não depositou o valor combinado na data prevista.


Texto publicado em 24/06/2016 na seção de opinião do jornal Portal de Notícias, versões impressa e online: http://www.portaldenoticias.com.br
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 25/06/2016
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