João Adolfo Guerreiro
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Textos
Mulheres do Curdistão

A edição número 211 da Revista Cult, de abril de 2016, traz uma matéria muito interessante sobre as combatentes curdas na Síria: “O feminismo libertário na Revolução Social Curda”.

A Unidade de Proteção Feminina (YPJ) é parte das Unidades de Proteção Popular (YPG), braço armado da Revolução Social Curda, movimento baseado na teoria do Confederalismo Democrático, elaborada pelo líder curdo Abdullah Öcalan, fundador do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e que se encontra preso pelo governo turco desde 1999. Formada por sete mil combatentes, a YPJ atua na Síria, contra as forças do Estado Islâmico.

“Os curdos são um grupo étnico nativo do Curdistão, região que compreende Irã, Iraque, Turquia, Síria, Armênia e Azerbaijão”, estando prioritariamente concentrados na Turquia, Irã, Iraque e Síria. O Confederalismo Democrático “se baseia em três princípios: a ecologia social, a participação direta do povo por meio de conselhos e o protagonismo feminino na sociedade”.

Sobre esse protagonismo se dá a ênfase da matéria da Cult, pretendendo salientar que a YPJ, mais que uma unidade militar feminina oriunda da necessidade de defesa armada do povo curdo, é expressão de um processo de empoderamento das mulheres naquele povo. “Com o lema ‘Se as mulheres não forem livres, a sociedade também não será’, o feminismo é um dos pilares do Confederalismo Democrático, por acreditar que sem a libertação da mulher é impossível uma sociedade igualitária”, destaca o texto.

Nos territórios controlados pela Revolução Social, os conselhos populares são formados de forma paritária entre homens e mulheres e “todos os cargos das aldeias são exercidos por uma mulher e um homem”. Conforme a ativista inglesa Florence Bateson, que esteve na região acompanhando as atividades da YPJ, as combatentes “tem idéias e convicções sólidas em relação à liberdade, libertação e feminismo”, mesmo que aqui no Ocidente “alguns grupos de mídia tem glamurizado essas mulheres, objetificando-as como espécies de guerreiras amazônicas”.

“Elas também estudam literatura feminista e estão desenvolvendo seu próprio conhecimento. As mulheres curdas em Rojava, nas montanhas de Qandil e no sudeste turco estão tentando reescrever a história a partir do ponto de vista das mulheres”, acentua Bateson.

Tem muito mais sobre esse assunto na matéria da Cult, vale a pena ler.

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CARLOS PATRÍCIO – No dia 26 deste mês, às 19:30 horas, o Botequim do Parque trará de volta à Charqueadas o músico Carlos Patrício, que realizará show acompanhado pelo guitarrista Ewerton Moreira. Patrício foi um cantor e compositor atuante na cena local e regional nas décadas de 1970/80, antes de se transferir para São Paulo. O show, denominado No Revertério, remete ao futuro trabalho que o artista pretende gravar em breve e também aos 30 anos do disco Vertente e aos 20 de Subvertendo.

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BIBLIOTECA HUMANA – Dia 19, quinta-feira, às 17 horas, no Parcão, em Charqueadas, a Biblioteca Pública Municipal Profª Vera Gaus realizará a segunda edição da Biblioteca Humana. Conforme a organização do evento, sete pessoas já se inscreveram como livros humanos, e as inscrições ainda estão abertas. Ouvintes não precisam fazer inscrição prévia. Mais informações na página da Biblioteca, no Facebook.

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JAYRO DORNELLES – Ele deixou seu nome gravado na história de Charqueadas como líder emancipacionista e, como advogado, no movimento pelos direitos previdenciários no Brasil. Na conjuntura que se avizinha para os trabalhadores assalariados e para os aposentados, homens e profissionais de sua estirpe farão falta.


Texto publicado na seção de Opinião do Jornal Portal de Notícias, nas versões online e impressahttp://www.portaldenoticias.com.br


João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 05/05/2016
Alterado em 05/05/2016
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