O Corvo
Esse texto não é sobre o animal, nem sobre o famoso poema de Edgar Allan Poe e, tampouco, sobre o filme em que ator Brandon Lee morreu acidentalmente em maio de 1993, durante as filmagens. “O Corvo” era a alcunha pejorativa que os trabalhistas colocaram no político, jornalista, dramaturgo e tradutor carioca Carlos Lacerda (30/04/1914–21/05/77), do qual eu falei brevemente na semana passada.
O apelido foi dado pelo jornalista Samuel Wainer, do jornal Última Hora, aliado de Getúlio Vargas, presidente duramente combatido por Lacerda em seu jornal Tribuna da Imprensa, denunciando a corrupção no governo. Tanto que foi um atentado contra Lacerda, atribuído a Gregório Fortunato, segurança de Getúlio, que levou o presidente ao suicídio em 24 de agosto de 1954.
Aliás, o político tem outro famoso 24 de agosto envolvendo sua relação com presidentes: em 1961, nessa data, Jânio Quadros elaborou sua carta de renúncia, em parte motivado por Lacerda que, governador do Estado da Guanabara, após uma reunião com Quadros, acusou-o em um pronunciamento televisivo de estar tramando um golpe. Ambos eram do mesmo partido, a UDN.
O “derrubador de presidentes”, como ficou conhecido, foi um apoiador de primeira hora do golpe de 1964, mas em 1966 rompeu com os militares e tentou articular a oposicionista Frente Ampla, procurando os ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek, antigos adversários, para tal. Essa não foi, entretanto, a primeira reviravolta ideológica do político conservador e anticomunista. Seu nome era Carlos Frederico devido a seu pai, um ativista de esquerda, querer homenagear Karl Marx e Friedrich Engels, teóricos do comunismo. O próprio Lacerda, no início de sua militância política, foi ligado ao Partido Comunista Brasileiro.
Uma referência para a direita brasileira, Carlos Lacerda possui uma biografia que, se revisitada, term muito a contribuir para a análise do atual momento político do Brasil.
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DIFAMAÇÃO – Nenhuma pessoa está acima da crítica, mas igualmente não pode ser acusada sem fundamento ou, pior, através de inverdades, como vem sendo atualmente a deputada Maria do Rosário, para citarmos um exemplo. Tanto que até a Zero Hora fez uma matéria sobre isso. A última foi uma falsa declaração, a ela atribuída, contra a classe médica e defendendo o menor que matou a facadas o ciclista e cardiologista Jaime Gold no Rio de Janeiro. Estou realmente preocupado em como as coisas estão sendo feitas nas redes sociais, sem critério algum a não ser o do ataque sistemático a algumas pessoas e sem preocupação com a verdade. Tudo é permitido? Não há limite? Estamos vivendo a "banalidade do mal" virtual? Já não basta crimes como o que vitimou o médico, tem de fazer difamação na internet aproveitando tais fatos?
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TERCEIRIZAÇÃO – Amanhã ocorrerão paralisações nas capitais contra a aprovação do projeto que estende a terceirização para as atividades fim, que ora tramita no Senado.
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ROCKLORD e Hardest – Sábado passado, no Live Studio, em Charqueadas, aconteceu o lançamento oficial da banda de rock local RockLord, com canções próprias, constantes no EP Tudo Roda (como a contagiante Xalalalá) e alguns covers do Barão Vermelho, Raul Seixas, Creedence, Legião Urbana e AC/DC, dentre outros. Na abertura, o hard rock acústico com qualidade profissional da Hardest, muito bom. Para quem quiser conferir, só acessar o Face das bandas ou do Live.
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BAAR Xarqueadas – Sábado, a partir das 08 horas, uma limpeza vai ser feita nesse prédio histórico. Para maiores informações, o nome do evento na rede social é “Mutirão de Limpeza do Baar Xarqueadas & Uma Festinha Bacana”.
Texto publicado na seção de Opinião do jornal Portal de Notícias:
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