João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Foto - Jogdores do Grêmio comemoram junto a torcida após gol do meia Tcheco.

G
RÊMIO BI-CAMPEÃO GAÚCHO!!!


Enquanto escrevo este texto, aqui do segundo andar da Mega Lan, vejo pela janela a festa dos torcedores do Grêmio na Avenida Bento Gonçalves, a principal do centro de Charqueadas.
Como disse o escritor gaúcho Juremir Machado da Silva em uma de suas crônicas no Correio do Povo, o torcedor é um colecionador de emoções. Torcer pelo futebol não muda em nada a nossa vida, ela não fica nem melhor nem pior com o resultado dos jogos, seja na vitória ou na derrota, e a felicidade pela conquista de um campeonato em raro passa de uma semana. Já falei sobre isso nos textos "Com o Grêmio o impossível acontece" e "Futebol Gaúcho:...", publicados aqui no Recanto.
Embora torça pelo Internacional, o Juremir sabe das coisas.
Eu acho, contudo, que esses feitos esportivos deixam marcas na lembrança em virtude da sociabilidade compartilhada com os outros nestas ocasiões, além do reforço na identidade coletiva que feitos esportivos de porte nacional e internacional tendem a gerar no amor próprio do indivíduo, como parte da "tribo" vencedora. E isso, sociológica e antropológicamente falando, não é pouca coisa.
Futebol é integração, diversão, alegria e confraternização. É também, repito, um laço de identidade social e cultural, uma festa para os estudos dos antropólogos.
Eu quase fui no jogo hoje. Na última hora desisti, preferi ficar o domingo curtindo a esposa e a filha e assistindo ao jogo pela televisão.
Ao final do passeio sobre o Juventude, por 4x1, fiquei um pouco em casa e depois dei uma volta pela cidade, antes de vir aqui na Lan. Cumprimentei conhecidos, troquei abraços, gozei o Baí, que é um colorado dono de um bar bastante freqüentado no centro da cidade. Os garcons e as garçonetes do bar dele são gremistas e estavam todos trabalhando sem o tradicional uniforme verde do bar, mas sim com a camisa do Tricolor da Azenha.
Olho aquela festa toda, aquela tribo vestida de azul, preto e branco, buzinando, bandeirando, cantando, fazendo de tudo e mais uma pouco. Eu ali, integrado, reconhecido socialmente como um membro ativo desta coletividade futebolística na cidade. O futebol tem esse poder, nos torna parte de algo, nos inclui numa determinada e ampla tribo de "colecionadores de emoções", onde todas as raças, gêneros, opções sexuais, credos e ideologias se reúnem e confraternizam.
Amanhã minha vida não vai estar diferente em nada, mas hoje estou aqui, a teclar uma crônica, procurar foto na Internet e colorir letrinhas de um título de texto.
Estou me divertindo. Me diverti durante o jogo, principalmente depois, vendo a alegria dos torcedores que lotaram o estádio Olímpico e não arredaram o pé, mesmo com a chuva que se abateu no segundo tempo. Os torcedores, os dirigente, os jogadores, confraternizando  durante a entrega de medalhas e troféus e na volta olímpica.
Futebol é saúde, alegria, confraternização.
Coisa boa poder participar de algo assim, viver eses momentos efêmeros de alegria e sociabilidade.
São 20h10min, e a movimentação do pessoal diminuiu um pouco na Bento Gonçalves. É a tal efemeridade das emoções.

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PS - Um cronista aqui de Charqueadas, que escreve no Jornal A Região (www.regiol.com.br ), o Antônio Bacamarte, disse que o Campeonato Gaúcho é o campeonato mais difícil do mundo, pois é o único onde o atual Campeão Mundial não passa nem da primeira fase... Não deixa de ser uma verdade, mesmo que incômoda para os colorados.

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Acessem:
http://www.recantodasletras.com.br/haikais/474645 
Haikai sobre tela de Salvador Dali
de Maria Aparecida Giacominni Doro.

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Acessem também:
Os 999 de...
Texto de Divina Reis Jatobá
http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/461889  
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 06/05/2007
Alterado em 06/05/2007
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