João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Curtos
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Gosto de escrever textos curtos que publico no meu site, a maioria de humor, inspirado basicamente no Caderno H do Mário Quintana, um dos meus livros de cabeceira. Aproveito a oportunidade das férias e do verão e publico alguns para vocês lerem relaxadamente.
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Mulheres sem lógica!!!
- Ah José, você só vê o que eu não faço, o que eu faço você não vê?
- Ué, como posso ver uma coisa se você não a fez? Injustiça tua!!!
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Suspeitos!
Todo o cachorro de cemitério é um ladrão de ossos em potencial.
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Grandes questões ainda sem resposta...
Porque o suco de laranja é amarelo e não cor de laranja?
E porque o suco de acerola é cor de laranja?
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Os Insuperáveis
Por mais que o cinema se esforce nos últimos anos, os grandes filmes da história da sétima arte continuam sendo:
- As tranças do careca;
- A volta dos que não foram;
- Poeira em alto mar.
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Amor impossível!
João Madeira Pinheiro conheceu uma moça linda. Foi amor à primeira vista!
Na primeira oportunidade aproximou-se. Depois de uma breve conversa introdutória, perguntou o nome da bela.
- Maria Machado Serra.
Desistiu do romance. Não daria certo. Questão de sobrevivência.
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A ignorância ao alcance de todos...
Cultura demais confunde a cabeça:
- Paulinho, diga o nome de um outro animal da mesma família do tigre.
- Eufrates, professora!
- !?!?
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"O Malamém"
Os adultos falam as coisas de qualquer jeito, as crianças entendem como podem...
Um domingo em família.
Missa pela manhã, almoço, passeio pela tarde, noite. Hora de dormir. O filho começa e reclamar, já deitado na cama.
- Mãe, tô com medo!
- Dorme filho, não precisa ter medo, mamãe e papai estão aqui.
- Mãe, tô com medo!
A mãe levanta e vai até a cama do filho.
- O que foi Pedrinho? Porque tá com medo?
- Tô com medo do Malamém mãe.
- De quem?!?!
- Do Malamém mãe, tô com medo que ele me pegue.
- Malamém?!?! Quem é esse Malamém Pedrinho?
- O Malamém mãe! Aquele lá da igreja.
- Malamém da igreja filho? Que Malamém?
- Ah mãe, o Malamém, tu sabe!
- Filho, eu não sei quem é.
- Mamãe, aquele que vocês ficavam pedindo na missa "e livrai-nos do Malamém". Tô com medo dele mãe!
(Texto baseado em personagem de Pedro G Rocha)
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O exterminador
Assassinava-os.
Sempre alegava legítima defesa. Eles eram muitos. Centenas. Uma vez chegou a contar 827 deles. Melhor dizendo, 827 corpos, pois os contava sempre depois de mortos.
Assassinava-os.
Usava gás tóxico. Gastava um recipiente inteiro, visto que eram muitos. Chegava e ia empurrando os móveis e, quando eles se mexiam, atingia-os. Alguns se movimentavam, em desespero, para todos os lados. Em vão. Ele expandia o gás por todo o cômodo, tornando-o uma mortífera câmara de gás.
Em minutos todos jaziam sobre o chão. Alguns ainda estrebuchavam.
Findo o ataque, ele empurrava seus corpos com uma vassoura. Depois, preparava-se para dormir o sono dos justos e dos inocentes. Tranqüilo, sem dramas de consciência.
Agia em legítima defesa!
Deitava e, com a luz ainda acesa, ficava observando aquele amontoado de cadáveres. Todos criaturas de Deus, agora sem vida, por obra sua.
O que fazer? Agia em legítima defesa!
Assassinava-os? Mosquiticídio? Mosquiticida?
Era a lei do mais forte.
Agia em legítima defesa.

Publicado no Jornal Portal de Notícias.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 05/02/2014
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