João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos
365 dias de Recanto

Iª Carta Aberta aos colegas do Recanto das Letras


Hoje estou completando um ano de Recanto das Letras. Um ano, esse período oriundo da forma de dividir o tempo estabelecida pelo homem, o qual gostamos de dar significados.
Para mim, esses 365 dias de Recanto significam muito mais que as milhares de leituras e comentários que fiz e que recebi. Esse um ano significa um período de conhecimento e de trocas literárias muito intenso...

Quando o Daynor Lindner me falou sobre o Recanto das Letras em outubro de 2005, durante a realização do I Sarau Literário de Charqueadas, fiquei curioso. Ele me disse que estava publicando poesias no mesmo. Peguei o endereço do site no mural de textos que ele expôs no evento, entrei no Recanto, vi como era, coisa e tal.
Somente no dia 25 de abril do ano seguinte é que eu comecei a publicar aqui.
Iniciei com três crônicas que gosto muito (e que estão entre os meus textos com menor número de leituras!):
- Garçons não tem visão periférica
- Os galos da CPA não cantam na madrugada
- Nós sabemos o que fizemos no verão de 1983

Com o tempo fui conhecendo melhor o Recanto, sua dinâmica interna, a forma adequada de literatura para a ser veiculada na Internet, os literatos que nele publicam (muita gente legal e interessante, cheios de lirismo e de talento). Gostei. Foi gratificante.
Nem vou citar nomes de pessoas, pois, como dizem, sempre acabamos esquecendo de alguém importante. Gente que ainda está aqui e com as quais tenho um relacionamento literário desde o início; gente que já foi embora; gente com as quais me relaciono “sazonalmente”; em suma, gente que escreve, que gosto de ler e que muito me acrescentam, seja nos textos ou nos comentários e emails que recebo. É muito gratificante, repito.

“Escritor” de crônicas e leitor destas e de artigos e contos (e tem cada fera aqui no Recanto escrevendo estes tipos de texto!), aqui comecei a ser influenciado pela poesia, após um período de muitas leituras de poetrix (meu Deus, esse troço vicia a gente!), haikais, pensamentos, sonetos e poemas. Isso me fez voltar com muita força aos textos de Mário Quintana e Fernando Pessoa.
De uns tempos pra cá, começaram a surgir poesias em minha cabeça e eu estou cometendo com freqüência cada vez maior o ato de as publicar aqui. É um início. Não sei onde vai dar (um dia ainda brota um poetrix!).
Ainda me considero um leitor e produtor de crônicas e um “escritor” de textos leves de humor. E de artigos, que muito pouco publico no Recanto, mas que são a minha maior produção literária veiculada na imprensa daqui de minha região.

ANO NOVO, CARA NOVA – Buenas gente, essa foto aí em cima já está no lugar da minha foto antiga. Resolvi mudar, embora essa esteja com menor nitidez, por um motivo: vou começar a publicar aqui no Recanto, vez por outra, algumas canções de minha autoria, para vocês conhecerem um pouco do meu lado de instrumentista e compositor popular. Já toquei em festivais acompanhando outros compositores e compus algumas coisas nas áreas de jingles políticos, para escolas, para equipes de gincana e músicas para grupos de teatro amador e escolas de samba, tudo isso em Charqueadas. Logo, não é nada pretencioso, um trabalho local, que publico aqui com esse mesmo espírito, apenas socializando-o com colegas de letras de forma amadorística.

Essa foto é de uma apresentação realizada no inverno de 2004 no Festival TokPop promovido pelo campus da Ulbra de São Jerônimo, onde participei como instrumentista acompanhando o cantor e compositor charqueadense Alberto André.
A idéia de publicar algumas canções veio dos comentários de alguns colegas de Recanto que, ao lerem as letras das músicas que coloquei aqui , mostraram interesse em conhecer esse lado.

A primeira canção que veiculo aqui é Literal Paraíso, que já havia publicado a letra no Recanto (junto com Março 2003, Canção da Desafortunada e o samba enredo da Brotinhos) . Ela faz parte do CD independente Registro Acústico, que gravei no estúdio particular do Alberto, o Coqueiros Records Digital, em 2003. O CD é amador e despretencioso e, bem como o nome diz, é apenas um registro simples de canções que eu compus desde 1987 até aquele ano, na linha pop rock com influências de MPB e música nativista. Banquei tudo, gravação, parte gráfica, etc. Fiz trinta cópias, guardei duas e vendi as outras para músicos e literatos de Charqueadas. Deu uma boa divulgação das minhas composições no meio cultural daqui. Era o que eu queria e deu certo.

Compor e escrever foram duas coisas que eu sempre fiz, naturalmente, mesmo sem compromisso profissional (embora desde 1999 eu venha contribuindo periodicamente com jornais locais e, nos últimos dois anos, com o Recanto e com a Associação de Literatura de Charqueadas, esteja muito envolvido com a escrita) .

Mas buenas, ao ouvir algumas das canções deste CD que vou divulgar por aqui vez por outra vocês vão perceber claramente que cantar não é a minha praia e o meu talento. Sou basicamente instrumentista e compositor.

O lado instrumentista popular vou mostrar para vocês com algumas canções do CD Bem Simples, uma parceria com o Alberto André, onde interpretamos composições dele e eu participo no violão solo. Esse é um trabalho de pretensões, feito todo com o patrocínio de empresários locais, na linha MPB e pop, pois o Alberto é músico profissional há 20 anos, trabalha na noite e já tem currículo significativo como cantor e compositor (um dos mais expressivos e consistentes trabalhos aqui da região). Fizemos shows pela região no ano passado e já vendemos mais de 200 cópias dele. Legal.

Mas eu vou expressar esse lado de maneira fortuita, pois no Recanto das Letras o meu barato são as... letras! Ler e escrever! Muito. E essa vai continuar sendo a ênfase desse meu espaço.

Puxa, ficou comprido o texto, né.
Um abraço, adorei de verdade estar aqui com vocês nesses 365 dias! Agora é bola pra frente!

PS - Um agradecimento para os proprietários do site, que, com seu trabalho e iniciativa, possibilitam toda essa troca entre a gente.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 25/04/2007
Alterado em 24/04/2008
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