João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
Capa Meu Diário Textos Áudios Fotos Perfil Livros à Venda Livro de Visitas Contato Links
Textos
Roupa Nova em Charqueadas

No dia 16, sexta-feira, aproximadamente 12 mil pessoas foram ao Parcão de Charqueadas assistir ao grupo Roupa Nova. Um grande show que encantou aos presentes. Poucas vezes vi um show maistream onde os músicos subissem ao palco com tanta vontade.

O evento foi bancado pela empresa Tractebel Energia, que comemorava seu cinquentenário, e apoiado pela Secretaria Municipal de Cultura. O Roupa Nova está há 32 anos na estrada e o show é parte da turnê Cruzeiro Roupa Nova. Para quem é daqui do Rio Grande do Sul, o Roupa Nova (RN) lembra muito o grande conjunto de baile dos anos 80 Impacto.

O esquema é bem parecido: um bom número de grandes músicos, com três cantores dividindo os vocais principais (Serginho, Paulinho e Nando), tocando "em cima" músicas conhecidas.
Esse "viés baileiro" oitentista do RN veio à tona no bis do show, quando eles fizeram um excelente medley em homenagem a grandes bandas do rock internacional: começando por Sweet Child O'Mine do Guns N Roses (o guitarrista Kiko adentrou o palco com com uma cartola toda amassada, eh eh eh eh eh), passado por Eagles (Hotel California), Rolling Stones (Satisfaction), Beatles (Twist and shout), Queen (We will rock you), Pink Floyd (Another brick in the wall), Creedence (Have you ever seen the rain), dentre outros hits.
Durante o medley vídeos das canções rolavam no telão. Curiosidade: no do Creedence, o vídeo que aparecia foi de Lookin' Out My Back Door e não da Have You Ever...

Mas fora trazer à mente o Impacto para as pessoas daqui do Sul, o som do RN sempre me lembrou muito o do Queen, principalmente pelas harmonias vocais e pela guitarra do Kiko, nos anos 80. E também por suas canções abordarem muito o estilo de rock dos anos 50, outra constante também no gurpo inglês. Fora isso, algo de rock progressivo, principalmente nos instrumentais do RN.

Mas voltando ao que foi o show, outra parte legal foi justamente o medley intrumental, onde eles tocaram algumas musicas que rodam na TV e a gente nem sabe que são do RN, como o tema do Ayrton Senna e Videogame.

O público cantou junto todo o tempo, pois as canções do RN são por demais conhecidas, praticamente fazem parte da trilha sonora de todo o mundo que foi jovem nos anos 80 e 90 (como eu) e por ser um grupo que sempre esteve muito ligado a televisão e, principalmente, às novelas.
Coração Pirata (a que mais curti, que petardo!), Linda, Volta pra mim, Canção de Verão, Anjo, A Viagem, Dona, Seguindo no Trem Azul, Whisky a Go Go, Show de Rock'n Roll, Sapato Velho (outra jóia rara!), dentre outras.

Eu já sabia que os caras eram bons, mas ao vivo o "impacto" é avassalador. Os caras são todos muito bons, um grande time de músicos, excelentes. Sempre ouvia mais o trabalho do Kiko nas canções, por gostar de tocar guitarra, mas na sexta quem mais chamou a minha atenção foi o baterista Serginho. Gente, esse cara é muito acima da média. Canta muito e toca demais bateria, tudo ao mesmo tempo, como se fosse dois!!! Baita músico, baita músico. E ainda tocou piano numa parte do show, onde cantou A Força do Amor. 

Um outro detalhe curioso é que os cantores principais do RN se comunicam pouco com o público. Serginho e Paulinho são mais discretos. Só o Nando é o "falador" deles, e o faz muito bem, interage com muita eficiência com o público. Depois, Kiko e Feghali também agitam bastante como porta-vozes, principalmente o último, que é um cara realmente muito espirituoso e engraçado.
Kiko ficou o tempo todo perguntando por uma suposta Dona Hilda, eh eh eh eh. Mas o lance mais engraçado foi Feghali mandar o tempo todo uma mulher da frente do placo para de gritar, na boa, claro. Até que uma hora ele disse: "Tá bom, qual é o nome da tua cidade? Butiá? Tá, então eu falo: parabéns pessoal de Butiá", eh eh eh eh eh.
Ele por vezes empunhava uma guitarra, e veio numa canção com um modelo FlyingV lilás e ficou perguntando: "Viram a cor? Vocês estão se perguntando: será que ele é?" Ao que o público respondia: "Não!" Daí ele emendou: "Mau eu sou!!". Eh eh eh eh eh.

Já o baixista Nando elogiou os outros componentes, dizendo que os ouvia pelos fones e pensava: "Como tocam bem esses caras!". Pura verdade, nehuma seda rasgada, pelo menos gratuitamente. Elogiou a voz de Paulinho e brincou com os tecladistas Feghali e Cleberson, como os mais sexys do Brasil, qualquer coisa assim.

Fora Coração Pirata (com aquela abertura só vocal em coro e com a guitarra de dois braços do Kiko), gostei também do Rap do Nando, com uma mensagem muito boa e uma energia muito positiva: "Eu só quero ser feliz" era o bordão que o cantor/baixista instigava a platéia a entoar. E curti muito as canções que o Serinho cantou e tocou a bateria, demais, principalmente em A Viagem, um portento.

Paulino interpretava os rock's e baladas e Serginho as canções mais românticas, coisa que todo mundo que ouve RN já sabe né.

E foi isso. Um baita show. Inesquecível.




João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 20/11/2012
Alterado em 20/11/2012
Comentários