Saiu a edição 500 de TEX no Brasil, com o título Os Demônios da Noite, texto de Mauro Boselli e desenhos de Ticci, pela editora Mythos. Tex é publicado desde 1948 na Itália pela Bonelli Editora, sendo o personagem uma criação de GL Bonelli (texto) e de Aurélio Galepini (desenho). No Brasil sai ininterruptamente desde 1971, já tendo sido publicado pelas editoras Vecchi, RGE - Rio Gráfica Editora/Globo e atualmente Mythos (a partir do número 351). De 1951 a 1957, foi publicado no Brasil pela revista Júnior.
EDIÇÃO - Legal, gostei do brinde, penso que não tem realmente como lançar uma edição dessas sem um encarte com todas as 500 capas. CAPA - destaca a edição por ser branca, bem básica, diferente das normais. Mas eu, particularmente, não gostei. Preferia algo grandiosamente tradicional. DESENHOS E CORES - Demais, o ponto alto, gostei muito dos desenhos e do tom das cores no papel utilizado. Pro meu gosto estético, perfeito. HISTÓRIA - A história é muito legal, inventiva e cheia de variações, agradou-me muito. Tex Willer e os seus "pards" Kit carson, Jack Tigre e Kit Willer vão ao Canadá ajudar ao seu amigo Jim Brandon, coronel da Polícia Montada, a desvendar o misterioso e violento massacre da guarnição de um posto avançado da corporação. Claro, tem muito mais coisa, mas eu não vou estragar a surpresa e o prazer da leitura né. O argumento e o roteiro da HQ são visivelmente inspirados no filme O 13º Guerreiro (EUA, 1999, direção John McTiernan), que é excelente. Aliás, uma característica marcante de Tex é a sua inspiração no cinema, e Mauro Boselli conseguiu adaptar uma história passada na idade média com muita propriedade para a época moderna, e num continente e contexto histórico diferentes. Gostei bastante. EM SUMA, uma edição que eu dou nota 10 (só não dou com "distinção e e louvor" por causa da capa branca) e que fico feliz por Tex ter essa vitalidade editorial. Que assim permaneça por muitos anos.
Agora leia essa agradável e histórica HQ acompanhado de um bife de dois dedos, uma montanha de batatinhas e de um oceano de cerveja fresca. É o que os pards Tex Willer e Kit Carson fariam, com certeza.
Bibliografia: Júnior, Gonçalo. O mocinho do Brasil - A história de um fenômeno editorial chamado Tex. 2009. 208 p. Ed Laços. Leia mais: "Tex Willer Sessentão" www.recantodasletras.com.br/cronicas/1415925 ----- * -----