João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos
Rua da Praia

Andando pelas ruas e calçadas
vejo os prédios antigos,
uns à venda,
outros com finalidade alterada.
Parece que cada casa,
cada pedra da rua,
(com seus fantasmas)
estão a dizer:
- João, veja, não existe futuro,
só existe o presente.

- Mas e o passado? - pergunto.
- Ah, o passado...
...é o que estás vendo!
- Como assim?
- Ruínas e fantasmas,
sem futuro, como você,
depois do passar dos anos...

Não devia ter perguntado!

(Drummond e Quintana,
do banco da praça,
riem da minha cara)
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 27/11/2006
Alterado em 28/12/2006
Comentários
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Euna Britto de Oliveira
João Adolfo, de Charqueadas-RS, Boa Noite, aqui de Belo Horizonte! Quanta gente passando pela mesma rua!... Mas cada um vê o que quer, ou o que consegue ver!... Seu olhar de Poeta vê mais perto e mais longe ainda, ao mesmo tempo! Olhar assim faz doer. Mas é desse jeito que os Poetas olham... E que bom ter um Poeta como você para olhar também meus textos, e ainda deixar comentário! Agradeço, com o coração! Abraço amigo. Euna
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Evaldo da Veiga
Rua da Praia, até meados dos anos 60 havia boites, uma porção, com música ao vivo e mulheres lindas que faziam um pouco mais do que dançar... O ambiente era bem gostoso e eu dançava Rock e o que viesse, na época dava muito tango.Minha hospedagem era na Base Aérea de Canoas, eu servia na Aeronáutica na Base do Galeão e estava de férias. Depois disso fui mais vezes em Porto Alegre. No bairro de Ipanema o Rio era ótimo,uma praia e água clarinha. Tinha um baile dos coroas que frequentava muita mulher linda e jovem. Música com oquesta e garções bem treinados servindo na maior boa. Hoje tudo diferente, deve estar. Abraços querido amigo; e o texto está ótimo.
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TMB
Bela poesia João... eu tenho uma queda por poesia escritas em versos brancos, raramente leio ou escrevo poesia de outra forma.. talvez por isso ame Drummond... Além disso você abre espaço para uma tremenda discussão atual, o nosso patrimônio histórico. É duro saber que muitos não ligam não é? que muitos não vêem nada além de casas ou estabelecimentos velhos.. mas em fim, isso dari amuita corda, o bom é saber que ainda tem gente que se importa, como você. Enorme abraço e muito obrigada sempre pelo apoio.
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Jussára C Godinho
Gostei muito desse texto! Obrigada pela visita e pelo comentário sob a importante visão de um sociólogo! Abraços! JU*