João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos
"A primeira vez a gente nunca esquece"
Mesmo que demore 42 anos!

Pois na madrugada de sexta pra sábado eu andei de ambulância pela primeira vez na vida, de maca e tudo.

Acordo às 24:00h pra tomar uns remédios pra uma gripe chatinha que ainda tenho e bumba: desmaio no banheiro.

Nem vi, só percebi que tinha caído ao ouvir a voz de minha mulher perguntando por mim (ela estava olhando TV e ouviu o barulho da queda dos 80 kg).

Respondo algo tipo "Tô caído no chão", com um fio de voz, pois logo ao recobrar a consciência já começo a sentir de novo o mal estar, com o corpo todo suado em contato com o piso frio.

Minha esposa manda nossa filha chamar o meu sogro que mora ali perto pra me ajudar a levantar do chão, que eu não consigo de jeito nehum e ela não tem força pra me arrastar.

Chega ele, ágil e forte aos 66 anos.

Me ergue junto com minha mulher pra eu caminhar agarrado neles.

Apago de novo.

Acordo. Estou no corredor da casa, meu sogro me arrastando.

Apago de novo.

Acordo deitado de bruços com metade do meu corpo sobre a cama e os joelhos no chão. Já me sinto um pouco melhor e penso algo tipo "não morro mais". Já consigo fazer força pra subir o resto do corpo na cama, com meu sogro me ajudando.

Mas ainda estou mal, sinto-me sem forças e começo a sentir ânsia de vômito.

Chega o SAMU, que minha esposa chamara.

Medem a pressão (10:06) e glicose.

Saio de casa em grande estilo, deitado na maca, com a vizinhança e parentada toda olhando.

Olho as luzes no teto da ambulâmcia, com a máscara de oxigênio no rosto.

Curto o balanço da maca nas curvas.

Inesquecível!
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 15/03/2011
Alterado em 18/03/2011
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