João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Foto - o mané aí de cima deixa o filho e a mulher em casa pra ir desarmar bombas no Iraque. Pode?


GUERRA AO TERROR, MELHOR FILME DO OSCAR!?!?


Sei que é fútil num mundo como o nosso fazer uma crônica sobre o Oscar, mas não resisti a tentação. Fazer o que, sempre fui um cinéfilo amador, e, por ser um rapaz latino-americano, é óbvio que o cinema estadunidense produzido por Hollywood é uma referência.

O melhor filme foi "Guerra ao Terror" (GAT). Não concordei.
Não que minha opinião pese de alguma forma nesse caso, mas quero dizer que um filme onde um soldado depois de terminar seu período no front, volta para o mesmo deixando a mulher e o filho em casa, não poderia ter ganho o Oscar.
Desmontar bombas no Iraque é mais importante para um homem do que ser esteio pra sua mulher e seu filho, com sua presença física?
Raios, bem coisa de americano mesmo, amor incondicional à pátria que detona com a pátria alheia.
Se o título em português, Guerra ao Terror, ainda fosse uma ironia à invasão do Iraque, tudo bem, mas o final do filme faz lembrar que não, que é Guerra ao Terror mesmo. Como se houvesse diferença entre o terror do invasor e o do invadido!
Num mundo onde bancos, empresas e clubes de futebol entram em falência por má gestão da burguesia que os controla e o Estado ainda dá dinheiro público pra "ajudá-los", ao mesmo tempo em que o pobrerio se rala com aposentadorias miseráveis, insegurança e inepto sistema de saúde pública, fica discutível se saber onde está o melhor regime. Claro, liberdade é liberdade, tudo bem, ninguém discute.
Tá legal que hoje é o dia Internacional da Mulher e que o marketing pesou forte na escolha, já que GAT é dirigido por uma mulher e uma mulher nunca havia ganho o Oscar. Tudo bem, melhor diretora pra senhora, mas Oscar de melhor filme?

Avatar é bem melhor, tem melhor mensagem, ecológica, anti-violência e anti-imperialismo. Avatar merecia o melhor filme. Ou outro, menos GAT.
O que o filme mostra é aquela velha dor americana: manda seus mercenários pra guerra e depois fica lamentando a vida dura dos caras lá, seu sofrimento e sua dor. Ora bolas, os caras são pagos pra isso, pior é o povo local, que se estoura com a presença deles lá sem ganhar nada e perder tudo, ficando sob controle de outro governo lacaio. E que libertar o país coisa nenhuma, colocaram outro governo títere dos interesses do Tio Sam, assim como Saddam também o era, até resolver seguir em carreira solo e ser descartado.
Pronto, falei.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 08/03/2010
Alterado em 08/03/2010
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