João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos
Crônica miúda sobre Quintana
Dia 30 de julho se comemorou os 100 anos de nascimento do poeta gaúco e brasileiro Mário Quintana. Não havia escrito nada sobre ele aqui no Recanto e, tendo em vista que o Caderno H foi um dos livros da minha vida, cometi um pecado por tal desleixo.
Mas acredito que o poeta não ficou triste comigo, pois sabe que estive ocupado na criação da Associação de Literatura de Charqueadas (ASLIC), entidade cuja assembléia de fundação aconteceu no dia 29 de julho.
Pensando bem, colaborar para a criação de uma associação de literatura na véspera do aniversário dele é uma boa iniciativa, não? E acredito que nos trará muita sorte a coincidência. Isso mesmo, coincidênca, visto que íamos criá-la no dia 01 de julho, mas tivemos que trocar a data em função do jogo entre Brasil X França pela Copa do Mundo.
Ontem fui a Porto Alegre com a minha esposa curtir um cinema. Assistimos Piratas do Caribe 2, num shopping, hábito que trazemos do período de namoro. Na saída passamos por uma livraria e comprei um livro sobre Quintana: O Humor de Mário Quintana, de Juarez Fonseca, L&PM Editores, que traz histórias reais envolvendo situações engraçadas vivenciadas pelo poeta. Recomendo a leitura para quem gosta do Quintana.
No livro lí uma coisa que já sabia: o hábito que ele tinha de tomar café comendo quindim e pastel. Sempre me identifiquei com isso, pois na minha infância era fissurado em quindim. Adorava! Mesmo! Contudo sempre comia o doce com café-com-leite, devido ao fato de não apreciar o café-preto puro.
Gosto de escrever sentado em bares, lancherias e shoppings, observando o movimento. Meu lugar preferido é o shopping aqui de Charqueadas, pois tem um café-com-leite com creme de chantily pelo qual sou viciado. Sento e fico escrevendo no meu bloquinho com caneta verde. Penso até em escrever "Crônicas do Shopping", depois que conheci aqui no Recanto as ótimas Crônicas de Esquina do Aldo Guerra.
Buenas tchê, mas voltando ao assunto, hoje eu acordei de manhã e, lá pelas 11 horas, saí com minha filha para ir a lancheria do Supermercado Bonato com o livro do Quintana e com o meu bloquinho. A fim de realizar um rito de louvor, pedi café-com-leite, quindim e pastel. Sentamos em frente a lancheria, que fica no centro de nossa pequena e aprazível Charqueadas, e curtímos a sombra da enorme e velha seringueira que caracteriza o local. Como já havia concebido mentalmente, lí um pouco do livro e escrevi essa crônica, que estava pedindo insistentemente para nascer!
Eis minha homenagem a Quintana e ao seu Caderno H que, junto com os quindins da minha vida, muito prazer me deram.

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Estou nessa de escrever em maior quantidade textos em primeira pessoa do singular, influenciado que estou com a leitura de "O Capitão saiu para o almoço e os marujos tomaram conta do navio", de Charles Bukowski.
Até que essa crônica ficou curtinha, perto do que estou escrevendo ultimamente. Sou prolixo, por isso invejo e gosto dos poetas. Mais gosto do que invejo, acho bom ressaltar.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 08/08/2006
Alterado em 08/08/2006
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