João Adolfo Guerreiro
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Fui ver duas vezes no cinema, em 3D, o filme Avatar, do meu diretor predileto, James Cameron.
Desde “Aliens, O Resgate”, nos anos 80, eu curto o trabalho de Cameron. Exterminador do Futuro, O Segredo do Abismo, Titanic, todos esses eu olhei e gostei. Só achei a comédia True Lies fraca. Gosto do estilo de filme que Cameron faz, tecnicamente perfeitos, com ação, suspense, sem recaídas juvenis nos roteiros. Gosto de ficçao cientíca, claro. Mas nesse estilo adulto, não aquela coisa abular e infantil de Guerra nas estrelas.

Depois do mega-sucesso de Titanic, um fenômeno cultural no final dos anos 90, o novo projeto de Cameron era muito aguardado. Avatar não decepciona, mas não é um filme do mesmo porte de Exterminador, que marcou época.
Diria que Avatar é uma versão ficção científica de Dança com Lobos, de Kevin Costner. As histórias são muito parecidas. Se você conhece os dois filmes (e escrevo do ponto de vista de ser lido por quem já viu Avatar), troque os Navi do planeta Pandora pelos índios americanos, os humanos ambiciosos pelos soldados da cavalaria americana, o fuzileiro paraplégico de Cameron pelo soldado interpretado por Kostner, a Navi que namora o fuzileiro pela índia que namora o soldado, a interação dos Navi com a natureza e a relação dos índios com a terra, a transformação do fuzileiro em aliado dos Navi e a transformação do soldado americano em índio e você, certamente, concordará comigo.

Entretando, é um filme muito bom. A parte visual e técnica nem se fala, bem como no ritmo do filme. Tudo perfeito, bem Cameron.

Personagens femininos fortes, como a cientista interpretada por Sigourney Weaver (que trabalhou em Aliens), a Navi que se apaixona pelo fuzileiro e a sacerdotiza Navi. Aliás, isso é uma marca em todos os filmes de Cameron. As personagens femininas, quando não são a principal (Rose de Titanic, Ellen Ripley de Alien, Sarah Connor de Exterminador), são determinantes para a história (Lindsay Brigman de Segredo). Em Avatar, o personagem principal é Jack Sully, o fuzileiro naval paraplégico.
Os vilões são meio esquemáticos e rasos, como também é praxe na obra de Cameron, sempre militares, chefes de grandes empresas e homens. Nunca se vê mulheres vilãs na filmografia de Cameron.

A concepção do planeta Pandora é realmente incrível, um espetáculo para os olhos, ainda mais assistindo o filme em 3D no cinema. Uma experiência sensorial e tanto. O lance dos humanos da história se relacionarem com os Navi através de clones (os avatares) daquele povo, conectados com os cérebros dos humanos é uma das coisas que tornam a história do filme diferente. Pra ser sincero, a meu ver, é a única, pois o filme não traz aquelas sequências surpreendentes e inesperadas no roteiro que vemos em Exterminador e Aliens, na parte final dos filmes. Tudo ocorre como o esperado, com o bem vencendo o mal.

A, digamos assim, ideologia do filme, é aquele lance da natureza que se volta contra o seu agressor humano. Nada mais atual, não é mesmo?
Nem vou falar mais nada, muito já se disse sobre esse filme, que está sendo um sucesso, com grande público e muito comentado na mídia. Deixo esse meu ponto de vista, apenas.




Olhando Avatar no cinema.

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 31/01/2010
Alterado em 31/01/2010
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