Uma das grandes questões para qual ainda não encontrei resposta é: por que as pessoas que usam guarda-chuva andam sob as marquises em dias de chuva, disputando espaço com quem não tem?
E que faz isso são principalmente as mulheres! E as idosas pior ainda!
Mulheres são ciaturas adoráveis, mas podem ser terríveis também!
PS - quando a gente começa a desacreditar um pouco das mulheres, é sintoma da idade chegando. Vamos ficando ranzinzas, pessimistas com relação à vida, críticos e chatos. Me perdoem queridas!
Na tarde sol, na mesma calçada: fila para a Lotérica; nos Correios, apenas eu.
Sabe quando você olha um filme e fica com a impressão de que ele só foi feito porque rende mais bilheteria do que história? Pois foi essa a impressão que tive ao assistir o novo Stars Wars dia 26 de dezembro.
Não que seja um filme ruim ou que decepcione, bem longe disso, esse pessoal não brinca em $erviço: sabem elaborar um roteiro, colocar ação e humor nele, efeitos especiais, em suma, sabem fazer um filme.
O que eu quero dizer é que essa história já deu o que tinha de dar, pelo menos é o que parece assistindo esse novo episódio, muito aquém dos seus antecessores, que, esses sim, tinham algo a acrescentar à série. Depois a gente passeia pelo $hopping e vê toda uma parafernália de livros, camisetas, memorabilia (algumas custando 1.600,00!) e saca o porque desses filmes ainda serem produzido$.
Sobre o filme, o que tem de legal para quem já viu em tempos idos os primeiros, é ver novamente os personagens como Hans Solo, Princesa Leia e Luke Skywalker interagindo com personagens novos, bem como os robôs C-3PO e R2 -D2 e os icônicos Stormtropper que, num lance legal do filme, agora são "humanizados". Um outra coisa curiosa é conferir um outro "Darth Vader", que fica em diálogos shakespeareanos com a máscara do "falecido" (aliás, essa imagem, que uso nessa postagem, dá bem a minha ideia sobre a consistência do filme dentro da saga).
Não sei se a série vai degringolar depois disso, até porque o final do filme sugere, obviamente, que haverá uma continuação. Pode ser que aconteça como com O Exterminados do Futuro V, que veio depois de um lamentável Exterminador IV para resgatar a moral da série.
Entretanto, fica a certeza de que nunca terão a consistência de um Senhor dos Anéis, até porque, depois de um tempo, dão mesmo a impressão de que não foram originalmente concebidos para ser tão longos quanto os fãs ardorosos e os lucros da bilheteria pedem.
É um filme histórico, quase documental, que fala à razão e, ao mesmo tempo, aos sentimentos para todos que compartilham nesse mundo o fato de serem de carne e nervos e sonharem. Impossível ficar indiferente ao que se vê na tela, sabendo-se que se trata de fatos reais.
Para as pessoas dos dias atuais, tem o efeito de lembrá-las que os direitos que hoje possuem, vistos como "naturais", não nasceram do nada, mas da luta, do sacrifício e do heroísmo de muitas.
Não era uma opção fácil ser uma sufragista no início do século XX, tinha de possuir muito brio e coragem para encarar uma luta dessas naquele tempo e o filme mostra isso cabalmente. Muitas vezes os problemas começavam em casa, contra aqueles que, ainda alienados, defendiam a submissão à ordem vigente. Havia também os perigos contra a vida financeira, pela repressão dos patrões, e à liberdade, pela repressão governo.
A democracia foi uma conquista dos povos. Mostrar isso para as pessoas é fundamental numa época que ela está tão fragilizada e desacreditada.
Assisti ontem o filme Contracorriente, uma produção de 2009 Peru/Colômbia/França/Alemanha, dirigida por Javier Fuentes-León.
Excelente, cinema de gente grande. Na trama, um pescador encontra-se dividido entre a esposa grávida e a paixão por um pintor.
Existe vida cinematrográfica de alta qualidade fora de Hollywood.