Dia 30 de dezembro de 2020, minha mãe cai e quebra o fêmur. Sua saúde debilitada se agrava e, após nove meses de muitos sofrimentos, desencarna. Nem nos recuperamos de sua morte, descobrimos um câncer de pulmão em estágio avançado no pai. Ontem, exatamente um ano depois da queda de sua esposa, morreu, nos primeiros minutos de 30 de dezembro de 2021 (*), no quarto 941, localizado nono andar do Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre. Três meses e vinte e quatro dias após minha mãe.
Nery Mathias Velho Guerreiro e Ivone de Souza Guerreiro casaram em 9 de julho de 1966 em Charqueadas, cidade que residiram pelo restante de suas vidas - 55 anos, um mês e 28 dias de casamento. Tiveram os filhos Maria Emília de Souza Guerreiro (18.08.1967) e João Adolfo de Souza Guerreiro (24.06.1968). Ele nasceu em 14 de julho de 1936 e ela em 03 de janeiro de 1944, vivendo, respectivamente, 85 e 77 anos. Nery, o oitavo de dez irmãos (cinco homens - Brasil, Zeca, Eraldo, Nery e Aroldo - e cinco mulheres - Olga, Laura, Ruth, Lizeth e Jussara), era filho de João Guerreiro de Lemos e Maria Raupp Velho; Ivone, a mais velha de três irmãos (duas mulheres - Ivone e Dione - e um homem - Ivã), de Adolfo de Souza e Emília da Rosa.
Tiveram como genro Gilmar de Souza Oliveira (1963) e como nora Rosilane Terezinha Goulart Rocha (1966). Netos Vinícius Guerreiro Oliveira (1993), Matheus Guerreiro Oliveira (1995) e Thiago Guerreiro Oliveira (2000), neta Joana Rocha Guerreiro (1997) e bisneta Beatriz Guerreiro Kappel (18.09.2021), filha de Joana e Jessé Silveira Kappel (1994). Luma Lidiane Nunes de Lima (1992), casada com Vinícius, era a "neta adotiva".
Estão sepultados juntos, no cemitério Júlio Rosa, em Charqueadas. Casaram, viveram, amaram e brigaram em casas com hortências, o que quer dizer que, se sua vida juntos não foi um mar de rosas, tampouco nela faltou flôres.
(*) - Na verdade deve ter falecido nos últimos minutos do dia 29, mas o médico só veio verificar seu óbito após a meia-noite, registrando-o nos primeiros minutos do dia 30.