Dia 16 de novembro fomos ao Ernesto Dorneles só fazer o último exame do pai, a punção. Ficamos 17 dias! O pai tinha muito líquido na pleura e teve de ficar internado.
Foi difícil, era um quarto (muito bom) para três pessoas e o pai sofreu muito com a internação, principalmente emocional e psicologicamente. Eu e a Emília nos revezamos com ele no quarto, cada um ficando até 48 horas direto com ele. Flávio e Araci nos ajudaram, ficaram com ele também, baita força. Ainda bem que o sofá era reclinável, excelente, e o WC idem. Nessas horas, esses detalhes ajudam uma barbaridade.
Um paciente tinha a idade do pai e duas irmãs (Lu e Valquíria) cuidavam dele, eram suas sobrinhas - pessoas muito legais, seres humanos de valor, aprendi muito observando-as naqueles dias. Chamavam ele de Miro. Quando as enfermeiras vinham limpá-lo (fralda geriátrica), ele dizia: Tia, eu vou cair tia, eu vou cair tia. Chaiene, uma das enfermeiras, respondia: Que isso, eu sou muito nova pra ser a tua tia. Não deixamos de ter momentos engraçados.
O médico do pai, Maurício Leite, pneumologista, vinha toda manhã ver as coisas, muito atenciosos ele e os médicos e médicas de sua equipe. O pai estava muito abatido.
Dia 4 de janeiro termos uma consulta fundamental, onde o resultado dos exames nos será informado.