Estamos nos primeiros minutos de 22 de março de 2021. Ontem, domingo, 21 de março, completamos um ano de isolamento social. Momento difícil, tão maior do que todos nós.
Centenas de milhares de mortos, evitáveis, se houvesse prioridade para a vida e não para a economia. Deveriamos estar fazendo uma economia de guerra, mantendo as pessoas dos grupos de risco e dos serviços não essenciais em casa, com um fundo tirado de quem ganha mais e de quem lucra mais. Todo mundo vivendo com pouco, mas vivendo, economia de guerra pela vida.
Pai, 84 anos, vacinado na primeira dose, dia 2 de março, com a Oxford. Sogro (76) e tia Dione (75) vacinados na sexta, 19, com a CoronaVac. Mãe ainda no hospital (não por Covid-19) e filha grávida de 11 semanas. Assei esses espetinhos de carne de gado para o almoço. Comemoração? Sim e não. Sim pela vida, minha e dos meus familiares e maioria dos amigos, colegas e vizinhos; não, pela dor da perda e da enfermidade de muitos, tantos, inclusive colegas, amigos e conhecidos.
Um ano depois, aprendemos a lidar melhor com o problema, sabemos do que se trata, o que não acontecia há 12 meses. Mesmo a situação estando bem pior, o Brasil à beira do caos de mortes e de hospitais colapsados, o horror batendo a porta. Uma catástrofe humana se insinua e já acontece, enquanto as vacinas, a solução que já existe, ainda não chega em número suficiente por inépcia e miopia ideológica de um governo criminosos apoiado por cúmplices. Até quanto e quando vai? Sei lá! O que acontecerá? Não sabemos. Só sabemos que Deus está conosco e que a ciência obra possibilidades benfazejas. Graças!
Sábado liguei para a Ana e domingo para a prima Araci, cuidadoras da mãe. Não consegui falar com ela, está muito fraca, disseram. Hoje às oito da manhã ligo de novo, vamos ver. O pai esteve abatido nos últimos dias, está sendo tudo tão difícil para ele. Na noite de ontem me ligou e desabafou, pareceu melhor. Liguei para o Vinícius domingo e parabenizei ele e a Luma pelo níver deles, dia 18.
Assim vamos, assim vou. Tiramos a foto abaixo na tarde do domingo. Fiz a barba, depois de umas seis semanas, e coloquei a camiseta com a foto dos 15 anos da Joana, que está na casa dela, isolada. Falei com ela pelo messenger, amenidades.
Agradecidos pela saúde, pela vida e pelo amor. Agente vai levando. "V" de vida e de Vacina.