Ontem foi sexta-feira 13. Amanhã, 15 de novembro, domingo, dia do primeiro turno das eleições municipais, serão 240 dias de isolamento social que eu somarei. Quem diria que eu estaria vivo ainda? Quem sabia de algo, lá pelo final de março, sobre como seriam as coisas nessa pandemia? Mas eis-me aqui, 14 de novembro, 239 dias depois, ainda vivo, com ar nos pulmões, com todos os parentes vivos, graças a Deus.
A foto acima é de um vídeo que eu fiz para a candidatura da minha prima, a Paula, à vereadora, uma grande liderança política, nata. Nela manifesto meu apoio para ela e para a Dra Rosângela Dornelles à prefeita. Desde que saí do PT e deixei de fazer política partidária, em 2010, que eu não me envolvo tanto em uma campanha, mesmo não saindo de casa devido a pandemia. Ajudei financeiramente, fiz jingle, fiz canção, manifestei-me publicamente em vídeo e em postagem. Devido a importância do momento, onde se está lutando pelo direito a vida e pela democracia, se eu pudesse seria candidato a vereador só para apoiar a candidatura da Rosângela, uma pessoa iluminada, comprometida. Confio muito nela e na Paula. Não havia, esse ano, a opção de se ficar neutro, sem tomar posição.
É uma eleição parelha, são seis candidatos e quatro deles, a Rosângela incluída, tem chances. Creio que pode acontecer de um deles, como 25% dos votos, se eleger. Espero que seja ela, seu compromosso com a vida é inequívoco. Quem diria que chegaríamos a esse ponto no Brasil, lutarmos pela vida e pela democracia? Perdemos com Temer e Bolsonaro os direitos trabalhistas e previdenciários e esse último superou todas as piores expectativas possíveis, o cara é um insensato, uma besta, um monstro. Deus nos proteja do que pode vir ainda.
E eu aqui, em casa, grupo de risco, fora do mundo real. Qual é o caso de extrema necessidade que justifica sair de casa, correr risco de contágio e de vida? Decisões. Na verdade essas eleições nem deveriam ter acontecido antes de se ter uma vacina. Mas aconteceu e, aqui na região e no RS, o espalhamento voltou a crescer. Seja o que Deus quiser, agora.
ROSILANE - Há duas semanas ela teve uma crise forte de fibromialgia, sentiu muita dor e eu me assustei, confesso. Pensei: é o momento da saída por extrema necessidade. Fiquei tranquilo, conformado e gostei disso, de ter ficado tranquilo por aceitar a situação. Seja o que Deus quiser, a minha obrigação, por extrema necessidade, estou pronto para fazer, por um motivo que justifique plenamente o risco. Ela tomou uns remédios e esperamos uma hora. A dor cedeu e podemos lidar com a crise com os medicamentos de casa, sem precisar ir no hospital tomar morfina. Levou dez dias para ela voltar ao normal. Ufa, essa foi por pouco.
MAL ESTAR - Tive um mal estar ontem de noite. Vomitei no WC, creio que foi algo que comi. Tomei Coca Cola, 1 litro, duas batatinhas Rufles e amendoim torrado. Após, tomei café com leite e pão feito em casa. Será que foi o somatório, pois comi bastante amendoim. Sei lá. Tudo ok, agora.
CRISE - Semanas atrás a Joana teve uma crise, também. Foi outro momento tenso aqui em casa, de preocupação. Mas o Jessé parece que já sabe lidar com as coisas.
Chega vacina, chega.