João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Meu Diário
24/06/2020 01h48
52 anos, na Noite de São João

Enfim chego aos 52. Bom, ainda faltam 21 horas, pois nasci às 23 horas. Diz o pai que foi exatamente às 23h55min, lá na Colônia Penal, pelas mãos da parteira Gessi Quadros, em casa, onde ele era PM e a mãe, filha de ex-agente penitenciário, professora.

Consegui. Nesse tempo de incerteza, quando mais de 50 mil pessoas, brasileiros como eu, foram levados por esse mal, é uma benção de Deus eu estar aqui, né. Ainda mais com todos os amigos e familiares bem. A não ser pelo Gilberto, mas ele foi bem no começo e não deve ter sido Covid, nem foi dado como. Dia 21 de março, com medo diante do que chegara na cidade (primeiro caso, uma moça, dia 20, estava de plantão na PMEC nesse dia, nunca esqueço, a Minéia que me aconselhou a colocar atestado, agradeço-a, querida colega e amiga), não saberia nem se chegaria à minha adorada Semana Santa, mas passei por ela, pelo 1º de Maio, Dia das Mães e, incerteza continuando, mas mais seguro, tinha por meta meu aniversário, hoje. Quase cem dias em isolamento social. E com todo mundo vivo.

De fato, só agora, final de maio e junho, a coisa começou a apertar no RS e na Região Carbonífera como um todo, Charqueadas principalmente, anunciando o pior, que espero que a população lute contra, via isolamento social, com rigor. Todos teremos de ser fortes em julho e agosto para quando entrar setembro vermos a primavera, daqui há distantes três meses, um inverno mais longo e mais distante por esse quadro; parecerão três anos, por certo.

A Joana, às 00h30min fez uma chamada de vídeo comigo pelo whatts da Rosilane. Sonolenta, mas sempre é bom ver a filha. Costumávamos, na normalidade anterior a 20 de março, passar juntos a virada da meia-noite para o dia do aniversário, sempre fizemos isso com todos nossos nivers. Não deu dessa vez, mas não esquento. Ver ela, de fato, foi plenamente satisfatória. Graças pelo que eu tenho, não pelas frivolidades que faltam.

Liguei a TV no canal Pai Eterno para assitir um filme na Sessão Ágape de Cinema esperando ver algo sobre São João Batista (coloquei uma pintura dele nesse texto, feita por James Tissot, pintor que aprecio muito). Entretanto, estava passando um filme baseado nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas de Paulo, o qual estou lendo nesse momento. Achei interessante isso, pois eu sempre abro ao final de noite a Bíblia à esmo numa parte e a leio, mas de uns dias pra cá tive a intuição de ler Atos e as Cartas. Estou em Romanos, a qual acho confusa, para mim, o pensamento de Paulo, mas achei que a coincidência não foi mera coincidência, tem algo aí que eu vou sacar mais adiante.

Por falar em coincidência, hoje eu postei no Facebook a última das minhas "personalidades", brincadeira onde a gente posta a foto de alguém que nos inspirou, sem o nome, uma por dia. Eu separara 11 e deixei o Afre por último, sem me dar conta de que seria hoje, no dia do meu aniversário. E 11, número do ponta esquerda, e o Afre foi ponta esquerda quando jogava e ponta esquerda durante a vida, também. Ah, Afre, grande amigo, irmão mais velho.

Era isso. Consegui. Obrigado, meu Deus. Sempre.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 24/06/2020 às 01h48