Sexta-feira a Joana ligou para o Rosilane para dizer que chamaram ela para trabalhar na prefeitura de Arroio dos Ratos. Ela irá amanhã, segunda-feira, lá. Esteve aqui em casa nesse domingo até bem pouco, veio conversar sobre isso.
Disse que tem receio, como todo mundo, mas que vai. Falou com a médica e ficou confiante, pois esta lhe informou que nenhuma das coisas dela a colocam no grupo de risco, que a imunidade está ok, então corre os riscos que toda a pessoa na idade dela corre, residuais, não entrando em nenhum grupo de risco. Mas eu fico preocupado, muito. Não sei se vale a pena. Numa situação normal esse concurso em que ela passou adianta muito a sua vida, passa a ter emprego e estabilidade, na verdade eu torcia muito por isso. Contudo, nessa anormalidade transitória, eu penso: precisa mesmo? Temos condições de mantê-la e emprego se arruma outro depois, se faz outro concurso, pois o risco que todo mundo corre é o da vida, eis que a possibilidade de contágio está alta com o crescimento descontrolado do espalhamento do vírus no Brasil.
Ontem eu falava por mensagerm no Messenger com a Jule, uma amiga do Recanto das Letras muito querida, que é médica de emergência em Brasília. Ela me disse das suas preocupações e eu disse que ela era muito nova, seria muito azar. Ela então me relatou que tinham entubado um colega amigo dela, mais novo, saudável, de 28 anos. Disse que o corpo dá um "tilti" e, quando se vê, um caso desses acontece. Mas concordou que é residual mesmo. E eu passei confiança pra ela. A mesma que eu tenho de que nada de ruim acontecerá com a Joana. Mas, garantido, não é, como vemos. Nessas horas, em que se tem muito a perder, o bem maior que é a vida, a gente se preocupa, não há como não.
Não acho que seja o momento da Joana arriscar, visto que ela não depende desesperadamente de um emprego para comer e morar, nesse momento. Todavia, a escolha é dela, já tem quase 23, mora em dua casa, sabe o que faz, tem o seu discernimento.
LIVE COM IVONE - Hoje, agora há pouco, 19h30min, consegui finalmente falar com minha mãe, via o celular da Amanda, pelo messenger, Muito bom ver ela. O celular da outra cuidadora, a Scheron, não tem suporte para o Messenger. Uma pena, pois é ela que fica de segunda à sexta com a mãe, a Amanda é só nos finais de semana. Legais essas duas. A Amanda toca violão e leva o instrumento para cantar junto com a mãe, que tem uma bela voz, muito afinada, é famosa na cidade por isso. A mãe achou que a Joana tem de ir trabalhar e disse que eu sou muito preocupado. De certa forma, a confiança dela amainou meu coração. Vi o pai também, estava bonitão o Nery Mathias, de boné e de cavanhaque branco. Sorridente.
Daqui há uns minutos vamos contarar a Joana pelo whatts da minha esposa.