Lembro muito bem da morte de Elvis, dia 16 de agosto de 1977. O cara era uma lenda viva. Eu, ainda um garotinho na década de 1970, via seus filmes na TV (como o da foto acima, "O Seresteiro de Acapulco", 1963). A notícia de sua morte ecoou por todos os meios de comunicação da época, dia e noite, era só sobre o que se falava. Foi algo, para mim, impressionante.
Ontem, portanto, fez 40 anos de sua morte. Quando penso em canções dele, as primeiras que surgem na cabeça são Kiss Me Quick e It's Now Or Never.
Entretanto, um fato prosaico envolvendo sua morte é que ele faleceu no banheiro. Isso mesmo, a morte pegou o Rei do Rock sentado no trono sanitário. Sua namorada encontrou-o ali, sem vida, por volta das duas da tarde. Teria ido ao WC lá pelas 09h30min.
Um antepassado meu, é história em minha família, morreu sentado no WC, também. Então esse fato sempre marcou minha memória.
Somos tão frágeis, não é mesmo. Tem gente que morre dormindo, mais do que gente que morre no WC. Morremos quando menos esperamos, da maneira mais inesperada possível. Não teve um ator que morreu pendurado dentro de um armário de hotel, asfixiando-se com uma corda a fim de aditivar a masturbação? Pois é, mas daí o cara está se arriscando, não é mesmo. Até que um cara foi segurar um pum na casa da namoradae morreu eu tive notícia, esses dias. Incrível.
Mas quem imagina que vai dormir e morrer? Ir tomar banho e morrer? Ir escovar os dentes e morrer? Ir transar e morrer? Ir se masturbar e morrer? Segurar um pum e morrer? ir defecar e morrer? Mas acontece. Foi assim com Elvis e com o meu antepassado.
Todavia, como disse Mário Quintana, no Caderno H: " O NIVELAMENTO FINAL - nem ao menos a morte iguala a tudo. Se é verdade que todos terminamos cadáveres, uns são os cadáveres de Einstein, se Aga Khan ou de Marilyn Monroe, e outros os de José Fgundes ou o de Joaquininha da Silva..."
Pois é, 40 anos depois, a morte de Elvis ainda é lembrada; 60 anos após a morte do meu parente, quem se recorda ainda dele, fora alguns membros, não todos, de minha família?
Talvez, daqui uns 100 mil anos, nem Elvis será lembrado.
PS - A propósito, quem é esse Aga Khan do qual Quintana fala? Diga sem olhar no Google.