Hoje, se viva, Clara Nunes estaria completando 75 anos. Contemporânea da geração de sambistas de Beth Carvalho e Alcione e de outras artistas como Gal Costa, Maria Betânia e Elis Regina (falecida em janeiro de 1982), a mineira órfã que fez carreira no Rio de Janeiro foi uma excelente cantora de sambas, dona de uma grande voz e uma intérprete ímpar, maravilhosa, que parecia "contar" para o público as historias de suas canções.
Em discos como Claridade (1975), Canto das Três Raças (1976), Guerreira (1978), Esperança (1979), Brasil Mestiço (1980 – foto abaixo), Clara (1981) e Nação (1982), gravou sucessos inesquecíveis, dentre eles O Mar Serenou, Conto de Areia, Viola de Penedo, Feira de Mangaio, Nação, Canto das Três Raças, Morena de Angola, Portela na Avenida, Guerreira, Juízo Final, Na Linha do Mar e A Deusa dos Orixás.
Faleceu em 2 de abril de 1983, aos 40 anos, 28 dias após uma operação de varizes, devido à reação alérgica à anestesia. Dia 17 de agosto, no Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo, em Porto Alegre, acontecerá show em sua homenagem.