João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Meu Diário
17/05/2016 09h51
CAUBY TEVE UMA NAMORADA EM CHARQUEADAS

Quem me contou esse causo foram o Roberto Alves e o Juarez Silva, daqui de Charqueadas. Roberto, ex-secretário da Cultura na segunda administração de Anápio Ferreira, é topógrafo e violonista; Juarez é cantor amador e possui uma floricultura. Inclusive existem fotos que comprovariam a veracidade da história, que o saudoso fotógrafo Miro, que fazia parte do seleto grupo que acompanhava o cantor na cidade, retratou. A foto abaixo é uma delas, onde Juarez aparece com o cantor.

Estou escrevendo de improviso, sem ter falado com ambos para conferir detalhes da história que, há algum tempo, vinha guardando na escrivaninha para contar qualquer dia desses no Portal de Notícias. Mas, dado o recente falecimento do cantor, vou revelá-la agora.

Final dos anos 1960, início dos anos 1970. Cauby Peixoto. já um nome muito famoso, quando vinha ao Rio Grande do Sul dava uma passada por Charqueadas, onde tinha uma namorada (*). Roberto e Juarez eram amigos da mesma e fãs do Cauby. Até hoje Juarez, por exemplo, é chamado por alguns de "Cauby de Charqueadas", visto que interpreta as canções imitando com precisão o estilo do mestre.

Não recordo da parte da história de como Cauby conheceu a charqueadadene, mas o fato é que ele vinha à Charqueadas incógnito, sem a "fantasia" de Cauby e, assim, passava despercebido. Os amigos saiam juntos, iam a bares e restaurantes da região. E ninguém podia confidenciar aos locais sobre a identidade do visitante.

Certa noite, foram a um bar em São Jerônimo, onde havia música ao vivo. Os músicos conheciam Roberto e Juarez e sempre lhes deixavam dar uma canja para, inclusive, poderem descansar um pouco. Pois foram lá eles e mandaram ver umas canções da época, inclusive algumas de Cauby. Então este resolve cantar uma ou duas canções também, com Roberto acompanhando-o. As pessoas adoraram a voz do estranho e o aplaudiram muito.

Terminada a canja, os músicos contratados voltaram ao palco. Roberto foi ao banheiro. Chegando lá, uma das pessoas da platéia falou com ele.

- Roberto, aquele primeiro que cantou era bom, imitava bem o Cauby. Mas aquele segundo, o altão aquele, sabe que eu poderia jurar que era o Cauby cantrando?

(*) - Eles me disseram o nome dela, que não reside mais na cidade. Entretanto, como nunca falei com a mesma, não vou revelar seu nome aqui. Mas asseguro que não era "Conceição".

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 17/05/2016 às 09h51