Acabei de ler a autobiografia do NEIL YOUNG. Estava desde novembro a fim de comprar esse livro, depois de o Humberto Gessinger tê-lo indicado durante um bate papo na Feira do Livro. Eu já sabia do livro e estava interessado, mas quando o Humberto falou, bom, daí tinha de comprá-lo. Comprei em Torres, lá pelo dia 19 de janeiro e comecei a ler dia 21, no ônibus para Porto Alegre.
Pura magia. PureTone! (Quem ler o livro vai sacar o que é isso). Li em partes, para curtir a "conversa" com Neil aos poucos, ao longo de alguns dias muito legais e não apenas em um ou dois, rapidamente. O livro não é nenhuma obra prima literária, o Gessinger tinha avisado, mas também havia dito que o cara era simples e intenso, uma simplicidade forte, lúcida, inteligente, básica, essencial, nunca simplória. Assim como a música do Neil Young.
Acabei de ler e o livro ficou lá, ao lado da minha cama. Fiquei contemplando-o com aquela tristeza própria que dá na gente com algo que estava sendo muito bom acaba, passa, termina. Mesmo que releia o livro não será a mesma coisa. Muitas coisas na vida são assim. Uma leitura também. A excelente autobiografia do Eric Clapton era até hoje a melhor que eu já tinha lido. Desculpe Eric.
Vim aqui escrever e o livro ficou lá, ao lado da cama; minha esposa junto, dormindo.
Acabou-se o carnaval, tchau Neil. "Nunca fui muito de carnaval, preferia ficar lá em casa, lendo os livros que estavam ali, me convidando para uma jornada" - diz a letra de uma canção que fiz a uns 15 anos, mais ou menos, bem autobiográfica.