20/02/2010 20h04
Carmem da CBPO
Cheguei de Magistério, desci na rodoviária de Charqueadas, estou usado o celular e uma senhora me fala:
- Oi, como vai você?
O rosto não me é estranho, mas não a reconheço.
- Não tá lembrado de mim né?
- Bah, não estou lembrado, mas o seu rosto não me é estranho.
- Eu sou a Camen, trabalhei no refeitório da CBPO.
Eu trabalhei lá em 1988, como apontador na obra, pela CPBO, que estava construindo e termoelétrica Jacuí I.
Sorridente a Carmem. Lembrou de mim, só não lembrou do meu nome. Eu sou muito falante, de repente conversava com ela lá no refeitório, quando ia almoçar. Mas que droga, realmente não lembrava dela. Fico chateado comigo mesmo por isso, pois se a pessoa lembra da gente e fala conosco, é porque era legal.
A vida é assim, a gente lembra de algumas pessoas, elas não lembram de gente (já aconteceu comigo). Umas pessoas lembram da gente, a gente não lembra delas.
A vida é como ela é. E a gente é como é. Nós e os outros.
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 20/02/2010 às 20h04