João Adolfo Guerreiro
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Meu Diário
13/04/2009 16h13
Morreu dormindo, indo do mundo dos sonhos pro além
CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 13 DE ABRIL DE 2009
 
Morre o escultor Xico Stockinger
 
 
O escultor Xico Stockinger morreu ontem, aos 89 anos, em sua residência, na zona Sul de Porto Alegre. Austríaco naturalizado brasileiro, o artista plástico foi encontrado morto por familiares enquanto dormia. O velório ocorre hoje, a partir das 7h30min, no Museu de Artes do Rio Grande do Sul (Margs).
No domingo de Páscoa, Stockinger participou de almoço com familiares. Em casa, por volta das 16h, deitou-se para descansar. A sua morte foi percebida horas depois, quando a empregada da família levou o lanche até seu quarto. 'Ele faleceu dormindo, em paz', disse a nora Itamara Stockinger. Casado com a museóloga Ieda Stockinger, de 90 anos, o escultor completaria a mesma idade da esposa no dia 7 de agosto deste ano. Além da companheira, Xico deixa os filhos Francisco Antônio e Jussara e os netos Alexandre, Francisco Tiago e Leonardo.
Nascido na Áustria, em 1919, Francisco Alexandre Stockinger criou-se em São Paulo e iniciou sua carreira no Rio de Janeiro. Em 1954, mudou-se para Porto Alegre, onde fez xilogravuras e caricaturas. Naturalizou-se brasileiro em 1956 e, no mesmo ano, foi eleito presidente da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa. Em 1961, Xico fundou o Ateliê Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e em 1967 presidiu o Margs. 'Estamos perdendo um mestre da cultura brasileira, grande incentivador de jovens escultores', afirmou o atual diretor do Margs, Cézar Prestes.
Conhecido nacionalmente pela confecção de guerreiros em ferro e madeira, associados à resistência à ditadura militar, o escultor produziu até seus últimos dias. Entre os seus trabalhos, destaca-se uma das obras de arte mais famosas da Capital: escultura de Carlos Drummond de Andrade e Mario Quintana na Praça da Alfândega – refeita após o furto de uma peça.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 13/04/2009 às 16h13