João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Meu Diário
11/08/2010 09h34
Renato treinará o Grêmio
Falei no tópico abaixo aqui do Meu Diário da minha contrariedade com essa coisa de curto prazo de ir trocando técnico a cada mal momento do time, coisa que o Grêmio também está fazendo.
Mas se a direção do Grêmio tem pecado nesse ponto, também sou obrigado a reconhecer que tem demonstrado sabedoria nas substituições que faz. Agora, após a demissão do competente Silas, contratou Renato Portalupi, que vinha treinando o Bahia na série B do Brasileiro, com sucesso. Em período de eleição no cluber, a opção também tende a calhar politicamente.
Também conhecido como Renato Gaúcho, o novo treinador é o maior ídolo da história gremista como jogador. Foi o principal destaque da conquista do Mundial Interclubes de 1983, quando o Grêmio bateu o Hamburgo da Alemanha por 2x1, em Tóquio, no Japão.
Renato, na minha opinião, é um dos bons técnicos emergentes no Brasil, assim como Silas. Foi campeão da Copa do Brasil e vice da Libertadores com o Fluminense. Não é pouca coisa, tem técnico de longa data que não tem esses títulos no cartel (como o atual técnico do Inter, Celso Roth, outro ótimo profissional, que está decidindo a Libertadores desse ano).
Espero que o Renato marque a história do Grêmio como treinador também.
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 11/08/2010 às 09h34
 
09/08/2010 10h46
Grêmio demite Silas
(Na foto, Silas, o presidente do Grêmio Duda e o diretor de futebol Meira, também demitido)

Nem sei porque ainda escrevo sobre essas coisas, vai ver é o costume.

O Grêmio perdeu ontem em casa de 2x1 pro líder do brasileiro Fluminense, sem vários titulares, e demitiu o bom técnico Silas, devido aos maus resultados recentes.
Eu, particularmentre, acho que o futebol é longo prazo, demitir treinador é solução que não é solução.

Silas ficou em sexto no brasileiro do ano passado com o Avaí, com um grupo bem menos qualificado que esse do Grêmio. Fez uma baita campanha no primeiro semestre desse ano, 15 vitórias seguidas, campeão gaúcho, venceu grenal no Beira Rio, semifinalista da Copa do Brasil, onde jogou de igual pra igual com o grande time do Santos. Em suma, um dos bons treinadores que estão despontando no futebol brasileiro.

Agora o demitem, numa solução fácil e demagógica pra agrador setores inconsequentes e volúveis da torcida, devido aos maus resultados pós Copa do Mundo. Deviam ter deixado ele, o Grêmio sairia desse mau momento, dessa gripe que acometeu o time.

Agora já era, mais um montão de grana pra trocar de treinador. O mesmo erro do ano passado, quando demitiram Roth devido ao insucesso em grenais, trouxeram por um balaio de dinheiro o Paulo Autuori e nãõ resolveu nada, fomos mal no Brasileiro e na Libertadores.
Agora o Autuori tá ganhando grana nas arábias e o Roth tá na final da Libertadores com... o Inter!
A direção gremista não aprende com os erros.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 09/08/2010 às 10h46
 
09/08/2010 10h37
Falecimentos
O mundo é um ir e vir contínuo.
Por esses tempos foram daqui deste plano alguns Charqueadenses meus conhecidos: Sadi Petinelli, Almeri Maurício e Alvino Cabral. O primeiro pai do Dálvio Petineli, o segundo presidente da Associação dos Feirantes, foi do Conselho Municipal de Cultura junto comigo numa gestão. O Alvino Cabral, que eu só conheci pelo nome e pela obra, foi um compositor antigo daqui da cidade, escrevia canções sobre os mineiros (www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/6009).
Que Deus os tenha em seu infinito amor.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 09/08/2010 às 10h37
 
03/08/2010 10h31
O herói de Pinto Bandeira (jornal ZH, 31.07.10)
O João Feliciano é um cara daqui da região, de São Jerônimo, conheço ele há um bom tempo. Legal ver ele assim numa boa, sempre foi um cara comprometido politica e socialmente.
Retirei essa matéria da Zero Hora de domingo.


Os moradores vão se apaziguando, enquanto os pessegueiros florescem na paisagem de Pinto Bandeira, um lugar traumatizado por uma divisão que rachou a população ao meio a partir de 1996, foi cidade por apenas três anos, voltou a ser vila e agora é cidade de novo.

O herói da pacificação, na terra dos descendentes de imigrantes italianos, é um forasteiro que chegou ali em janeiro de 2004 com o nome de guerra na farda.

Menezes, soldado da Brigada Militar, mediou conflitos, reanimou os moradores e agora, de terno e gravata, é o doutor João Pizzio. É o comandante da mobilização que devolveu a Pinto Bandeira a condição de município. No escritório na entrada da cidade da Serra, o advogado João Pizzio tem uma miniatura da bandeira do município sobre uma prateleira. A imagem da bandeira é também a tela de repouso do computador.

Pizzio, 36 anos, curte o desfecho de uma empreitada que iniciou quando ainda era Menezes. Desde 9 de julho, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que cassou uma liminar de 2001 contra a criação do município, mora numa cidade que ajudou a resgatar. A história de Pizzio na história de Pinto Bandeira é o roteiro do imponderável. Nas ruas, ele é aclamado como líder.

Há seis anos e meio, quando desembarcou ali, era apenas um brigadiano que pretendia mudar de cidade com a mulher, Fabiana, trocando Barra do Ribeiro por um município serrano instalado em janeiro de 2001. Mas quando chegou, em janeiro de 2004, Pinto Bandeira voltara a ser distrito de Bento Gonçalves dois meses antes. Cumpria-se determinação do STF, que acolhera liminar do PP (à época, PPB) de Bento, cassando a emancipação.

— Logo que cheguei disse ao morador Remi Da Campo que, quando me formasse, iria buscar esse município de volta — conta Pizzio, que estudava Direito no campus da Universidade de Caxias do Sul em Bento.

Antes tinha de cuidar de desavenças e pequenos furtos ao lado do soldado Roberson Aimar Amaia Lopes, que já atuava no distrito. Pinto Bandeira era uma vila traumatizada por uma sequência de perdas e desencontros. No plebiscito de 1996, a emancipação obtivera o sim de 761 eleitores, e 739 disseram não, uma diferença de apenas 22 votos.

O governador Antônio Britto (PMDB) recorreu contra a emancipação, com o argumento de que prazos não haviam sido cumpridos. O STF rejeitou a ação. Mas o município não teve eleição naquele ano e só foi reconhecido como tal em 1999, com nova lei aprovada pela Assembleia. Elegeu o prefeito Severino Pavan (PDT) em 2000 e teve a emancipação cassada pela liminar do PP um ano depois. Pavan resistiu até novembro de 2003, quando teve de abandonar o cargo. Pinto Bandeira era vila de novo.

— A população havia sentido as vantagens do município, porque investimos em saúde, máquinas, rede de água — relembra Pavan.

Com a reversão, a autoestima dos moradores foi abalada, e as desavenças políticas entre líderes locais do PP, favoráveis ao município, e do PMDB, contrários à emancipação, dividiram Pinto Bandeira. O soldado Menezes prestava atenção no imbróglio e se dedicava a estudar a confusão jurídica do caso. O distrito da uva e do vinho, com população homogênea, sem favelas, com alta renda, maior produtor de pêssegos de mesa do país, estava melancólico.

No período em que foi soldado, até julho de 2009, Pizzio viu a vila ser tomada quatro vezes por assaltantes que invadiram o posto do Banrisul e a agência do Sicredi. Era um faz-tudo na segurança. Conquistou a confiança dos moradores.

Tanto que um dia, sentado na salinha que ocupava na subprefeitura, recebeu um casal que trazia a filha de quatro ou cinco anos pela mão. O homem disse:

— Queremos que o senhor nos separe.

O soldado explicou que somente a Justiça poderia encaminhar o processo. E retomou a lida. Em casa, lia e relia tudo que se relacionava com a confusa tentativa de emancipação. Formou-se em julho de 2008 e em 6 de janeiro de 2009 criou, com um grupo de teimosos, a Associação dos Moradores Pró-Município de Pinto Bandeira, que ele preside. Passou a realizar reuniões, viajar a Brasília para contatos no STF e a mobilizar a população e os políticos. Poucos acreditavam que, nove anos depois, Pizzio conseguiria fazer com que o processo saísse das gavetas do Supremo, com vitória para Pinto Bandeira.

Emancipação ganhou apoio

Severino Ferrari, ex-diretor da Cooperativa Colmeia e presidente da Comissão de Emancipação, admite que o soldado líder chegou a ser visto com desconfiança por parte da população por ser um forasteiro. Muitos não sabiam que Menezes também é um gringo, filho de pequenos agricultores de São Jerônimo, onde nasceu, e neto de Ramão Pizzio e de Cecília Lanzarini, de Barão do Triunfo. João Feliciano Menezes Pizzio agora é conhecido como João ou como Pizzio. Também é um deles, é um oriundi:

— Esta é a minha cidade, eu sou pinto-bandeirense.

Para o empresário Gilberto Tumelero, dono de supermercado, ex-vereador pelo PMDB, é preciso reconhecer que Pizzio pacificou Pinto Bandeira e que a maioria dos que eram contra a emancipação mudou de opinião.

Avelino Vítor Detoni, 70 anos, e a mulher, Angelina, 54 anos, plantam mudas de parreira numa área perto da cidade, onde imaginam que tudo será prédio daqui a pouco, com o crescimento de Pinto Bandeira. Avelino era contra a emancipação. Mudou:

— Eu pensava: pra que ser município, se aqui sempre foi uma vila tão tranquila? Agora, sei que é melhor, que virá mais dinheiro para o município.

Angelina nem lembra se votou contra ou a favor da emancipação. Hoje, quer Pinto Bandeira como cidade. Tumelero completa:

— Agora, o que passou, passou. Devemos buscar o consenso para eleger o prefeito. Essa pessoa pode ser Pizzio.

É a opinião de Severino Ferrari (PP), candidato a prefeito em 2000, e de muita gente que circula pelo centro da cidade. O pacificador, estudante de pós-graduação em direito militar, filiado ao PT, desconversa diante do computador com a bandeira do município em que se lê "vida, progresso, liberdade":

— Hoje, mais de 85% apoiam a emancipação. Fomos humilhados por muito tempo. O que importa é que não existem mais divergências.
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 03/08/2010 às 10h31
 
03/08/2010 10h25
Mano na seleção
Legal ter um cara daqui de perto da minha região no comando da seleção brasileira. Nunca pensei que isso aconteceria. Mano Menezes tem cunhados aqui em Charqueadas e é de Passo do Sobrado RS.
Fez o nome quando treinou o Grêmio, embora tenha começado nas categorias de base do Inter sua carreira de treinador e fosse colorado na infância e juventude, segundo contam os passosobradinos que o conheceram.
Sucesso pro Mano, ele merece, é um baita treinador.
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 03/08/2010 às 10h25
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