João Adolfo Guerreiro
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01/04/2013 10h14
Entrevista: Dom Dadeus Grings e a penitência de carne na Sexta-Feira Santa.

"Pedimos espírito de penitência, e não a abstinência de carne"

Entrevista: dom Dadeus Grings, arcebispo metropolitano de Porto Alegre

No ano passado, o arcebispo de Porto Alegre, dom Dadeus Grings, surpreendeu católicos desavisados ao sustentar que comer carne vermelha na Sexta-Feira Santa não é nenhum pecado. Nesta entrevista, o religioso reafirma o inexistência da proibição e diz que, em razão das transformações por que o mundo passou, outras formas de penitência se tornaram mais apropriadas.

Zero Hora - A carne vermelha está liberada na Sexta-Feira Santa?

Dom Dadeus Grings - A Sexta-Feira é um dia de penitência. Antigamente a Igreja determinava fazer jejum, comer pouco, abster-se de carne vermelha. Eram determinações bem rigorosas, que mudaram. Hoje em dia, a gente prefere sugerir penitências como a abstinência de carro, de celular, de cigarro ou de álcool. Cada um deve escolher uma penitência que valorize o espiritual em detrimento do material. O que se quer é esse espírito de penitência, e não a abstinência de carne.

ZH - O católico estava desvirtuando o espírito de penitência, ao deixar de comer carne vermelha e se banqueteando com frutos do mar?

Dom Dadeus - O peixe sempre foi uma coisa livre, mas acabou virando hábito fazer um banquete de peixe, que era exatamente o contrário do que se queria, uma coisa mais sóbria. O sentido se perdeu. Essa foi uma das razões de sugerirmos outros tipos de penitência. O mundo e os costumes mudaram. Antigamente, comer e beber estavam entre as maiores satisfações, então se fazia abstinência nessa área. Agora há outras diversões, e é nelas que deve estar a penitência.

ZH - Como o fiel deve escolher qual penitência fazer?

Dom Dadeus - Ele tem que examinar em sua vida uma coisa para a qual dá valor e renunciar a ela, como sinal de valorização espiritual. A Sexta-Feira Santa é o dia da morte de Cristo. A idéia é de que abramos mão de algo importante para nós.

ZH - O senhor vai comer carne vermelha?

Dom Dadeus - Não. Eu observo a tradição de não comer carne. Mas se tivesse que comer, não teria problema.


Fonte: Jornal Zero Hora - 2005

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 01/04/2013 às 10h14
 
23/03/2013 22h40
Juliano Domingues - Livro "Amor à prova"

Foto - Eu e Juliano no lançamento do seu livro.

No dia 22, sexta, o literato jeronimense Juliano Domingues lançou seu livro de estréia, Amor À Prova, poesias.

O lançamento foi no Shopping Acaso, na cidade de  São Jerônimo, junto à livraria Lua de Papel. Um coquetel foi oferecido aos convidados, que comprarm o livro e receberam, autógrafos pelo autor durante o evento.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 23/03/2013 às 22h40
 
23/03/2013 22h31
Valda Tissot Junqueira

Foto - Dona Valda (de azul), junto com suas filhas e com a vereadora Patrícia Ferreira (ao centro), numa homenagem no legislativo de Charqueadsas.

Na quinta-feira, 21 de março, foi sepultada a poetisa charqueadense Valda Tisot Junqueira. Grande figura da literatura da cidade, foi a patronesse do I Sarau Literário de Charqueadas, em 2005.

Natural de Arroio dos Ratos, veio para Charqueadas em 1958, onde trabalhou como professora,aposentando-se em 1991. Escrevia desde 1970, tendo participado a partir de 1986 de várias antologias literárias. Teve forte trabalho literário junto aos clubes de mães da cidade e foi uma figura presente nos últimos anos na Associação de Literatura de Charqueadas - ASLIC e nas sete edições do Sarau Literário de Charqueadas.

Publicou os livros Do outro lado da vidraça (2002) e Poesia com data marcada (2008).

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 23/03/2013 às 22h31
 
12/02/2013 21h41
Neil Young, autobiografia


Acabei de ler a autobiografia do NEIL YOUNG. Estava desde novembro a fim de comprar esse livro, depois de o Humberto Gessinger tê-lo indicado durante um bate papo na Feira do Livro. Eu já sabia do livro e estava interessado, mas quando o Humberto falou, bom, daí tinha de comprá-lo. Comprei em Torres, lá pelo dia 19 de janeiro e comecei a ler dia 21, no ônibus para Porto Alegre.
Pura magi
a. PureTone! (Quem ler o livro vai sacar o que é isso). Li em partes, para curtir a "conversa" com Neil aos poucos, ao longo de alguns dias muito legais e não apenas em um ou dois, rapidamente. O livro não é nenhuma obra prima literária, o Gessinger tinha avisado, mas também havia dito que o cara era simples e intenso, uma simplicidade forte, lúcida, inteligente, básica, essencial, nunca simplória. Assim como a música do Neil Young.
Acabei de ler e o livro ficou lá, ao lado da minha cama. Fiquei contemplando-o com aquela tristeza própria que dá na gente com algo que estava sendo muito bom acaba, passa, termina. Mesmo que releia o livro não será a mesma coisa. Muitas coisas na vida são assim. Uma leitura também. A excelente autobiografia do Eric Clapton era até hoje a melhor que eu já tinha lido. Desculpe Eric.
Vim aqui escrever e o livro ficou lá, ao lado da cama; minha esposa junto, dormindo.
Acabou-se o carnaval, tchau Neil. "Nunca fui muito de carnaval, preferia ficar lá em casa, lendo os livros que estavam ali, me convidando para uma jornada" - diz a letra de uma canção que fiz a uns 15 anos, mais ou menos, bem autobiográfica.

 

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 12/02/2013 às 21h41
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