João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Meu Diário
02/05/2016 12h25
Nise - O Coração da Loucura

Vi ontem no cinema. Excelente filme, excelente história a dessa psiquiatra que, na década de 1940, deu um novo rumo para o tratamento psiquiátrico antimanicomial, valendo-se da expressão artística como ferramenta terapêutica. Recomendo, vale a pena assistir e conhecer essa biografia.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 02/05/2016 às 12h25
 
25/04/2016 14h12
3.653 dias de Recanto das Letras!

Em 25 de abril de 2006 publiquei meu primeiro texto no Recanto das Letras: "Garçons não tem visão periférica". Na mesma data, ""Nós sabemos o que fizemos no Verão de 1983" e "Os galos da CPA não cantam na madrugada", todos os três textos crônicas.

Nesses 10 anos, cvonheci muita gente que até hoje me relaciono no Facebook, como Jucimar Estrela, Syl Signoreti, Jule Santos, Vany Grizante, Joaquim Moncks, Patrícia Justino, Maurélio Machado, Rebecca Mattar, Regina Bertocceli, Cíntia Dissenha, Euna Britto, Maria Aparecida Dóro, Ny Cris (Adroany Cristine), Sandra Fayad, Rosana Soares, Fernanda Macedo, dentre outros. 

Nos primeiros textos de abril de 2006 ainda encontro os comentários então feitos por Evaldo da Veiga, Maurélio Machado, Divina Reis Jatobá, Jacques Levin, AnjoLuzPoetiza, Elysio Lugarinho Neto, Margot Jung, Maria Aparecida Giacomini Dóro, Najah DL, Fernanda Araújo, Rú Nogueira, Olhos de Boneca, Adílio dos Santos Lá de dVisconde, Patrícia Essinger, Julimar Antônio Viana, Vinícius Lena, Maria Luiza d Errico Nieto, Tânia Orsi Vargas, Juli Lima, Vaine Darde, Dorothy Carvalho, Joselma de Vasconcelos Mendes, Ibernise, Wílcaro Pastor, Rejane Savegnago, lenise Marques, José Agrípio da Silva, Hermes José Novakoski, Condor Azul, Valéria Guerra, Karícia, Xama, Gisis, Adam Poth, João Áquila, Enzo Pinho, Wilson Fonseca, Léo Rogrigues, Henriqueta Pereira, Henricalío (Abílio), Felipe Valério, Deth Haak, Érika Aline Fernandes, Alexandre Oliveira, Carinhosa (Cíntia), Fábio Karvalho, Jucimar, Anita Fogacci (Rosana), Giana Guterres, Syl e Moncks. Alguns desses literatos já estão sem publicar há alguns anos no Recanto e perdi o contato com eles.

Lembro ainda, de cabeça, de muita gente interessante, que nem vou citar por que são muitos mesmo. Alguns de quem eu até já esqueci do nome para procurar, mas que recordo dos textos, de outros que até já faleceram. Recordo de textos muito legais que li, como Os Teus Seios, do português Henricabílio, um grande poeta que aprecio muito.

Foi tanto texto lido, tanto comentário feito. Comprei livros de alguns colegas, como da Vany Grizante, Sandra Fayad, Joaquim Moncks, Zuleica dos Reis, os CDs do Jucmimar Estrela com o Anderson Marques. Ah, também o pessoal dos áudios, como o Milton Mota, Guto Russel, Rascunho Musical, o maestro Aécio Flávio, Cláudio Carvalho Fernandes, AC de Paula, Bernard Gontier, Arauto das Artes (Antônio), Carlos S Ventura.

"Tanta gente, tanta alegria". Foram 10 anos bem legais, interagindo com muita gente. Uau syl! Valeu a pena!

Um abração para todo mundo.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 25/04/2016 às 14h12
 
24/04/2016 10h03
Samuel, tocador

Também ontem dei uma passadinha no baile da ASPEC e pude conferir o Samuel (de azul na foto acima) fazendo um voz & violão. Tá voando baixo o Samuca, tocando e cantando muito. Muita musicalidade tem esse cara.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 24/04/2016 às 10h03
 
24/04/2016 09h38
Adão Cléo, compositor

Ontem fui tocar um violão no Clube de Mães da São Miguel, Unidas Venceremos. Estava lá também o cantor e compositor charqueadense Adão Cléo. Como era um evento dedicado às mulheres, toquei a canção do Benito di Paula, Mulher Brasileira. Daí dei o violão para o sr Adão, que cantou uma canção de sua autoria, feita para sua companheira, que estava com ele. Fiquei olhando ele cantar, a letra, a reação do público. Compositor nato o seu Adão. O pessoal adorou. Quando o cara sabe fazer uma letra legal, não tem jeito, a canção funciona na hora, as pessoas não precisam conhecer. 

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 24/04/2016 às 09h38
 
21/04/2016 18h20
Paulo Enrique Amorin (entrevista)

Quinta-feira, 21 de abril de 2016

O governo Dilma acabou! Diretas, já!, diz Amorim

Por César Fraga

Em entrevista concedida ao Extra Classe em Porto Alegre, no dia 20 de abril, no trajeto entre o Aeroporto Salgado Filho e o Hotel Embaixador, antes do painel Mídia e o Estado Democrático de Direito, o jornalista Paulo Henrique Amorim, adiantou pontos do que seria sua fala e fez uma análise da participação da Rede Globo e do ‘Quarto Poder’, que exerce no país o que ele chama de “atalho constitucional” para legitimar o golpe que está em curso para destituir a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a falta da democratização da mídia nacional e de uma regulamentação que impeça o monopólio estão no centro da crise, porque os governos petistas não fizeram o que Brizola teria feito.  Amorim também afirma que o senador Roberto Requião está propondo as “Diretas Já” porque nem o PT, nem o PCdoB podem fazê-lo agora; e que a prerrogativa de convocar novas eleições é da presidente, pois não haveria mais esperança de salvar o governo nem no Senado, nem no Supremo Tribunal Federal (STF). Isso tiraria Temer da jogada, mas só funcionaria com o povo nas ruas e por pressão popular “para que haja mudança em todos os níveis”. Segundo ele, estragaria o golpe da Globo que quer Temer, para ter ao seu dispor mais uma vez o Ministério das Comunicações, o BNDES e o dinheiro da Caixa; pois com eleições diretas entraria uma variável nova e imprevisível no jogo político, o eleitor.

Extra Classe – Do ponto de vista de que a Globo é o maestro do golpe, os governos do PT vacilaram no que se refere a regulamentação da mídia?
Paulo Henrique Amorim – A Globo deu lógica e organizou o golpe. Eu digo isso da seguinte maneira: não houve uma articulação diuturna prévia, de estado maior, entre os diversos autores do golpe. Os autores do golpe foram como se sabe, a Procuradoria Geral da República, a Polícia Federal sem chefe, o Sérgio Moro, o PMDB. Mas eles não se reuniam todas as noites numa catacumba, na presença de Deus e da madre superiora para estudar os passos e uma estratégia ou um plano de estado maior. Não! Cada um agia por sua própria lógica e todas as noites a Globo dava ordem e sentido a isso.

 EC – E isso começa a ser operado em 2013 com as passeatas de junho?
Amorim – Isso já começou no momento em Lula foi eleito e se exacerbou com o mensalão do PT. Também com as passeatas de 2013. A Globo convocava e orientava as passeatas. A Globonews dizia: “não é por aí”. Houve um momento histórico em que âncora da Globonews disse “Não, não, não, ponte Rio-Niterói é pra a direita! Pra esquerda é o Maracanã!”. A Globonews organizou a passeata para engarrafar a ponte, mas isso não aconteceu. Enfim, o fato é que o PT não fez o que o Brizola faria: regulamentar a mídia. Brizola dizia que a primeira coisa que ele faria na manhã do primeiro dia de governo quando sentasse naquela cadeira seria questionar esse monopólio. Mas a primeira coisa que o Lula fez quando venceu em 2002 foi sentar na cadeira do Jornal Nacional. A primeira coisa que Dilma fez quando foi eleita foi sentar na cadeira da Ana Maria Braga para fazer uma omelete que não deu certo. Então o PT está pagando o que fez. A Globo não deu o golpe sozinha. Foram vários autores.

EC – E ainda corre o risco de a Ana Amélia Lemos assumir como relatora do impeachment no Senado.
Amorim – No Senado? Acabou. A Dilma não ganha no Senado e não ganha do Supremo. Acabou o Governo Dilma! O negócio agora é lutar pela proposta do Requião e também da Marina Silva. Vamos para as urnas.

 EC – E a proposta de parlamentarismo parida dentro do PMDB?
Amorim – Pera aí! Parlamentarismo com esse Congresso? O povo brasileiro viu o parlamento funcionar. Mesmo aqueles que são a favor do golpe ficaram envergonhados com aqueles golpistas que votavam em nome de deus.

EC – Qual seria a proposta do Requião?
Amorim – Diretas já com recall.

 EC – E isso é possível juridicamente?
Amorim – Claro que é. A Dilma tem todo o direito como presidente da República de enviar uma proposta de emenda constitucional, dizendo “vou embora e convoco eleições”. Pronto. Aí o Congresso vota e o Supremo sanciona e acabou. E vamos para a rua. Tem que botar o povo na rua para pedir eleições. Indagar o povo: vocês querem que o Temer e o Cunha governem? Porque quem manda no Temer é o Cunha. Ah, mas tem um grupo que diz assim: temos de deixar o Temer ir até o fim para ele se arrebentar e a gente ganhar em 2018. Mas isso é adotar a estratégia do quanto pior, melhor. Quem vai se ferrar vai ser o povo. Nós vamos estar nas nossas confortáveis residências de classe média e nos finais de semana torcendo pelo Inter e pelo Grêmio. Mas o povo é quem se ferra. Então eu não quero o quanto pior, melhor. Eu quero o quanto melhor, melhor. Então vamos devolver a decisão ao povo. Eles deram o golpe, fizeram um atalho na Constituição, tirando a presidenta da República sem crime de responsabilidade, então, vamos fazer outro atalho constitucional e vamos para as urnas. Vamos extrair a legitimidade das urnas.

EC – E o Bolsonaro?
Amorim – Vamos com calma. O Bolsonaro não engana ninguém. Ele é isso que ele é. Agora, não foi o Bolsonaro quem anistiou o Ustra, quem anistiou o Ustra foi o Supremo Tribunal Federal da República Federativa do Brasil. E muitos dos ministros que anistiaram o Ustra estão lá sentados até hoje. Purgo isso. Eu digo isso, porque a Dilma se iludiu com a chamada democracia brasileira. Um país que tem a Globo como a Globo é não é uma democracia. E aí, ela resolveu ser republicana nessa democracia. E nem os americanos são republicanos na democracia deles. Você vai ver quem o Trump vai nomear para presidir o Supremo deles. Vai nomear Gengis Khan, porque lá eles não brincam com o Supremo. Não tem nada de republicanismo no Supremo americano. Não tem! Presidente democrata nomeia ministro democrata. Presidente republicano nomeia ministro republicano. E é assim que funciona. Aqui não. O PT diz “vamos escolher os melhores nomes”. Se ferrou! Penduraram o Zé Dirceu no poste do domínio do fato e ninguém fez nada.

EC – E a ida do Aloysio Nunes em Washington?
Amorim – Bom, mas esse é ridículo. É um coitadinho, falou com as pessoas erradas. O Thomas Shannon vai ser vice-ministro de assuntos para a América Latina até a próxima eleição. E se o Trump ganhar? Shannon vai ser apenas um professor universitário. Até acredito e dou de boa-fé, que ele marcou essa reunião antes da decisão na Câmara e foi apanhado no contrapé. Mas o que que ele foi pedir? Foi pedir a benção para o golpe, assim como os golpistas de 1964 tiveram a benção dos EUA. Mas só que agora é um pouquinho diferente. Não dá para os americanos mandarem para cá a quarta frota. 

EC – Ninguém quer arriscar dinheiro, né?
Amorim – Não! Espera aí, vão botar dinheiro no Temer? Você conhece algum empresário, como o Gerdau, que vá dobrar o ativo fixo dele com o Temer na presidência da República? Você acha que a Microsoft vai dobrar os investimentos dela no Brasil, ou a Apple, com o Temer na presidência? Que regras são essas? Que estabilidade? E se o Cunha resolver tomar uma grana da Microsoft? Como é que faz? Outra coisa, o Putin já disse para os americanos não meterem o bedelho aqui.  Se o Aloysio Nunes entendesse de política internacional ele veria o que aconteceu na Síria.  O Brasil está um pouquinho mais longe da Síria, mas o Putin disse para o Obama, “não mete teu nariz aqui”. E o Obama não meteu. Hoje o buraco é um pouco mais embaixo. Os EUA não têm mais a supremacia que tinham em 1964. Então, vamos esperar. 

EC – Esse Congresso aceitaria eleições “Diretas, já”?
Amorim – Mas aí entra o povo nas ruas. Vamos sair das reuniões dos sindicatos e ir para a rua. Porque dessa vez teve povo na rua e teve povo na rua independente do PT. Quem foi pra rua não foi o PT, não. Quem foi pra rua foi o povo brasileiro. E eu pergunto: o povo brasileiro hoje aceitaria ser governado pelo Cunha? Quem disse que o Cunha vai ser cassado? Quem disse que o Supremo vai cassar o Cunha? Quem disse que o TSE vai condenar o Temer pelas contas da chapa Dilma/Temer? O Gilmar Mendes já disse que não vai. Agora que o Temer vai assumir o caso é diferente, disse ele.  E o povo brasileiro vai aguentar isso? Não vai!

Trecho final do painel Mídia e Estado Democrático de Direito, no dia 20 de abril, em que Paulo Henrique Amorim narra o capítulo final de seu livro, em que trata do episódio de manipulação da informação que foi determinante para levar as eleições presidenciais de 2002  para o segundo turno.  O painel ocorreu no Hotel Embaixador, em Porto Alegre.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 21/04/2016 às 18h20
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