João Adolfo Guerreiro
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HEXA!! Agora, em busca do hepta

 

- É HEXA! HEXA CAMPEÃO!

 

Seis títulos seguidos do campeonato mais difícil do mundo, o Gauchão, não é um feito trivial. E o Tricolor do Humaitá, a Máquina Tricolor de Porto Alegre, o Tricolosso Gaúcho e o Imortal, após 33 anos, novamente conseguiu, pela terceira vez em sua história! Mas bah, tchê, mais feliz do que guri comendo rapadura pé-de-moleque em Santo Antônio da Patrulha!

 

Grêmio 1X0 Caxias ante uma Arena cheia, com mais de 51 mil torcedores! Aliás, entre o Grenal, a semi-final com o Ypiranga e o jogo de anteontem, foram mais de 140 mil pessoas vibrando com o futebol estadual na capital de todos os gaúchos! E há ainda os arrogantes que desdenham do Gauchão, uns torcedores "grenal" metidos a besta que tem por aí. Fui no grenal e na final e posso garantir que o povão valoriza muuuuuuiiiiiitoooooo, deeeeeemaaaaaaiiiiiissssss oooooo Gauchão! Heeeeeexaaaaaa vaaaaaalooooooriiiiiizaaaaaa! A Arena em polvorosa azul, preta e branca o atestou e eu testemunhei!

 

O Caxias vendeu caro a Taça, deixando as perguntas: Qual o motivo de o Grêmio, com todos os investimentos e contratações, ganhar o título apenas no detalhe, nas semi-finais e finais? E o Inter, o que explica o atual vice-campeão brasileiro ficar fora da final? O clubes do interior cresceram ou os titãs da capital estão abaixo do esperado? Eu sei a explicação, claro, e a repito novamente aqui: o Gauchão é o campeonato mais difícil do mundo! Simples assim. Constatei isso na Arena no sábado. Se é fato que o Caxias não jogou de igual para igual, é igualmente certo que poderia ter segurado o jogo e matado o Imortal num contra-ataque. Não é pouca coisa: o Água Santa, mesmo vencendo por 2x1 o Palmeiras no jogo de ida, levou 4 no de volta... Portanto, competência do escrete grená. Chegou com méritos à final e, ao cair, permaneceu em pé, vencido, mas não derrotado.

 

Ao chegar na Arena, vi muitas bandeiras com a cara do Suárez e com alusões ao Uruguai, nos camelôs. No estádio, os potes de pipoca, à 32 pilas, estampavam o rosto do pistoleiro uruguaio. Não recordo de ter visto algo assim, centrado num jogador, desde os tempos do Olímpico. Parecido, somente os bonecos do Cebolinha na Copa América de 2019. O Grêmio vive uma suárezmania, foi um grande lance da diretoria sua contração, que rende tanto dentro quanto fora de campo, chegando o clube, por isso, a atingir a marca dos 100 mil sócios. E muito dos grandes públicos nesses primeiros meses de 2023 com certeza tem esse estímulo como fator importante.

 

Voltando ao jogo, o título veio por um gol, via penalidade máxima, no segundo tempo. Lá do alto, do último anel da Arena, tivemos a clara impressão de pênalti. "Ah, o VAR vai chamar o Vuaden". Não deu outra: Pimba! E o Suárez, desta vez, não errou. Se no Grenal foi uma guria enlouquecida berrando o jogo inteiro, no sábado foi um rapaz, desbocado pra c@&@!#%, bem na fila acima da minha, vociferando palavrões impublicáveis e babando contra o árbitro. Essas pessoas me assustam, berrando com os olhos arregalados. Pensei que ele daria um salto lá de cima até o campo, de tanta cólera.

 

Agora cabe ao Grêmio, em se tratando do regional, focar em 2024 no hepta. A primeira e única vez ocorreu em 1968, há 55 anos, e essa é a maior sequência de títulos regionais gremista. O Tricolosso foi o primeiro bicampeão gaúcho (1921/22 e 1931/32), mas foi do Inter a primazia de vencer o certame avassaladoramente: hexa (1940 à 1945), bi (1947/48) e tetra (1950 à 1953), nos tempos do grande Rolo Compressor de Larry e Cia. A Máquina Tricolor reagiu sob o comando de Oswaldo "Foguinho" Rolla como treinador e com craques como Gessy, Juarez e Alcindo: penta (1956 à 1960) e hepta (1962 à 1968). O inesquecível e vitorioso Inter de Manga, Figueroa, Caçapava, Carpegiani, Escurinho, Valdomiro e Falcão deu o troco com o octa (1969 à 1976), o que constitui a maior conquista consecutiva do Campeonato Gaúcho de Futebol até hoje. Grêmio e Inter ainda seriam hexas de 1985 à 1990 (tricolores) e 2011 à 2016. No placar agregado de títulos, Saci 45 x 42 Mosqueteiro.

 

E era isso. "O que importa é título, faixa no peito e taça no armário", como diz o Homem Gol e Estátua Renato Gaúcho, após 700 jogos como jogador e treinador do Grêmio. Aguardemos, portanto, 2024.

 

Uma boa semana para todos. Cuidem-se, vacinem-se, vivam e fiquem com Deus.

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 10/04/2023
Alterado em 10/04/2023
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