João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Meu Diário
23/05/2020 23h10
60 dias de quarentena

Sábado, há sessenta dias sem colocar o pé para fora do portão. Isso graças a tecnologia digital. Tudo online e telentrega. Nessas horas, a tecnologia vale ouro e é um avanço da humanidade. O que seria das pessoas sem a tecnologia, como se proteger e ficar em casa, evitando o espalhamento do vírus? Com fariam as pessoas dos grupos de risco, que devem ficar isoladas?

A gente faz live, liga do celular, faz chamada de vídeo, publica texto na internet, interage nas redes sociais, via whattsapp, em suma, fica em contato, mesmo sem a presença física que, infelizmente, é periogosa durante a pandemia. Graças à inventividade e à inteligência humana, à ciência, dons de Deus. Deus age no mundo através de nós, uns pelos outros, eis o milagre!

O triste é ver as pessoas mais velhas, que não tem essa cultura, saírem a todo o tempo para ir no mercado, farmácia, essas coisas. A visão de mundo, a nossa cultura geracional, é um limitador. Assim, creio, urge uma escola para a terceira idade, para incluí-los nas facilidades das novas tecnologias, atualizando suas mentes a fim de torná-los independentes no uso dessas facilidades ao renovar sua mentalidade.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 23/05/2020 às 23h10
 
18/05/2020 13h09
Sem pai nem mãe?

Ontem no início da noite, sentado na frente de casa, olhando o movimento, vi algus jovens passando, sem máscara. E é obrigatório o uso de máscara em Charqueadas. O que, em primeiro lugar, essas pessoas faziam de tão necessário na rua num domingo à noite, numa situação dessas? Segundo, sem máscara. Pior foi ver um grupo de seis, três rapazes e três moças na casa do 16, 18 anos, andando juntos, abraçados e sem máscara. Entristeceu ver aquilo. Esse pessoal não tem pai ou mãe, para orientá-los? Vai ver os próprios pais são assim também. Uma falta de bom senso e de altruímo num momento tão grave como esse. O pior é que, assim, podem ajudar o espalhamento que, se atingir alguém dos grupos de risco, babaus. E esse tipo de atitude pode saturar o sistema de saúde também, colocando em risco a vida dos seus profissionais. E, além de tudo isso, se um jovem desses ficar doente e precisar do hospital, vai tirar a vaga no respirador de uma pessoa dos grupos de risco! Suprema injustiça! O problema, vê-se, não é apenas o hospício que é o Governo Federal e seu ignóbil mandatário, que só pensa no dinheiro dos grandes e no poder de sua família, zombando do risco de vida dos brasileiros. A conduta irresponsável e egoísta, perversamente egoísta de muitas pessoas também é problema. E isso é tão triste. Esses jovens são parte do nosso futuro? Espero que sejam uma parte pequena dele e, o sendo, que aprendam algo com o tempo, além de sartisfazer seus caprichos e vontades, ignorando as consequências para os outros. Uma parte menor, graças a Deus, pois a maioria das pessoas tem passado por aqui usando máscara.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 18/05/2020 às 13h09
 
18/05/2020 00h05
55 dias em quarentena

Nesta segunda-feira completamos, eu e a minha esposa, 55 dias de quarentena.

55 dias foi o tempo em que, durante o Revolta dos Boxers na China, em junho de 1900, os boxers cercaram a zona das embaixadas em Pequim. Há 120 anos. O cartaz se refere a um filme de 1963, que gosto muito, sobre o fato. Eles ficaram em quarentena, sob ataque, aguardando reforços, que chegaram na forma de uma força de 20 mil soldados de vários países. Assistimos o filme agora, na virada de 17 para 18 de maio.

Nós não estamos sob ataque direto, mas sim cercados pelo vírus que não se vê. Então, o isolamento e a quarentena são nossas armas eficazes para uma situação sem remédio ou vacina. A dos diplomatas durou 55 dias. A nossa, quanto durará? Ninguém sabe. Mandetta, antes de sair do Ministério da Saúde, fez um prognóstico de que em setembro ou outubro as coisas estariam melhorando no Brasil. Quiçá. Oremos, como ele mesmo disse agora, quando o ministro que o substituiu não faz nem um mês já pediu para sair.

Na madrugada de sábado para domingo, tomamos um vinho Aurora de 2014 com salsichão de frango assado como acompanhamento, enquanto assístíamos Casablanca em DVD. Mas bah, sinceramente, não sei o que estava melhor, tudo perfeito. 

Eu olhei o filme por indicação de um cronista lá do Recanto das Letras. Nunca o vira com a devida atenção, creio. Olhando pelos olhos dele, entrei no drama. O filme é de 1942 e muitos dos artistas que participam encontravam-se realmente asilados nos Estados Unidos, oriundos da França ocupada, como a bela atriz abaixo, Madeleine Lebeau, com 19 anos na época. Numa cena antológica, as pessoas do bar cantam a Marselhesa para abafar os nazistas e suas canções. Conseguem. Madeleine chora de fato ao final e grita Viva la France! Casablanca, no Marrocos, era uma região não ocupada da França. Madeleine foi a última artista do elenco de Casablanca a morrer, em 2016, aos 92 anos.

O personagem que mais me cativou foi Victor Laszlo, o líder político tcheco perseguido pelos nazizstas. O personagem era uma figura humana de alto valor, um cara de muita integridade e grandeza.

VIVENDO E APRENDENDO - Essa experiência difícil e estressante que está sendo o isolamento social contra a pandemia de coronavírus, onde a vida está em jogo, sem certeza frente ao amanhã, é um momento de muito aprendizado. Uma profunda reflexão sobre a vida que vínhamos levando até então, nossos relacionamentos e prioridades, tudo isso deve ser revisto, face ao que observamos. Numa situação dessas muitas coisas se revelam e é como se a realidade, rapidamente, se apresentasse ante nossos olhos de uma forma tão clara como não poderíamos perceber em muitos anos de vivência. Numa situação-limite como essa, as pessoas se mostram como verdadeiramente são em suas prioridades e afeições, demonstrando o que realmente lhes importa e quem é importante para elas, bem como a grandeza e a pequenez de suas almas, de suas inteligências e das suas percepções da realidade, de como enfrentam o momento, cientes de sua gravidade, sucumbindo diante da mesma via um pensamento fantasioso ou usando da inteligência para fazer o que deve ser feito de correto e prático. Todos ficamos transparentes e nos revelamos uns aos outros, e muitas vezes o que a gente pensava que era agora mostra-se muito diferente em sua natureza.

Passando por isso, minha vida vai mudar com o que estou aprendendo, mudar muito, na relação com as outras pessoas, tanto nos compomissos políticos e sociais quanto de caridade. A prioridade do tempo, das coisas, das pessoas e do dinheiro. Novos valores, coerentes com a realidade percebida, substituirão os velhos, que se revelaram engano e ilusão. Com os olhos abertos e a luz da verdade a clarear as coisas nesse momento, um homem diferente surge, não um novo homem, mas o mesmo homem agora ciente das coisas e das pessoas como elas são. Não dá para dar o seu tempo e o seu melhor para o que não lhe é próximo, ao mesmo tempo que a consciência da responsabilidade social como homem na sociedade humana urge. Reformular relações e prioridades, por um lado, na esfera particular, num movimento de renovação e mudança, ao mesmo tempo que, na esfera social, volta-se empaticamente para as questões da humanidade na forma de ações práticas em benefício ao outro e a sociedade. Fechar-se no particular e abrir-se no social. É o caminho que percebo hoje. As pessoas e as coisas são o que elas são, cabe a nós ver, aprender e seguir o caminho da experiência buscando uma vida melhor, voltada para o que nos é verdadeiramente próximo. Não para o que apenas faz parte de um teatro de conveniências e tradições despidas de um sentimento real de afeição. Vamos gostar de todos e obrar por todos, mas intimamente partilhar com quem o deseja sinceramente conosco, por afeição real.

Para passar por esse momento vamos precisar de sorte, atenção, persisitência, paciência, calma, disposição, trabalho, inteligência, culto a saúde física e mental e percepção clara da realidade. Orar, obrar e jejuar, há de se entender o significado real dessas palavras e tranformá-las em ação prática e lúcida nesse momento. É um significado mais amplo que a mera acepção dessas palavras, exige um reflexão mais profunda de seu significado prático. E ter sorte, a sorte que pode sorrir para quem obra, ora e jejua, embora não existiam garantias nesse momento, a ninguém, apenas probabilidades. Deus, minha vida é bela, obrigado por tudo. A Ti só agradeço e sobre nada reclamo. Te peço que ilumine a mente e o coração daqueles que, nesse momento, tem a autoridade para decidir o caminho da sociedade no combate a esse mal que aflige a todos os irmãos do planeta. Que eles, nas medidas adotadas, defendem a vida dos mais fragilizados, que são os pobres e as pessoas dos grupos de risco.

PS - Desde o dia 19 de março não vejo os meus pais, só falo com eles por telefone, diariamente. A Joana não apareceu por aqui esse final de semana. Parece que vem amanhã, rapidamente. Melhor assim, não a quero circulando pelas ruas.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 18/05/2020 às 00h05
 
10/05/2020 22h31
Dia das mães durante o isolamento social

Bom, não fui na casa da mãe hoje, pela primeira vez, em 52 anos. Desde sempre! Não vejo meus pais desde o dia 19 de março. Acordei umas oito horas ouvindo vozes na casa do meu sogro. Olhei pela janela, vi que era o seu irmão, Sérgio, com a ex-esposa, a filha, o genro e dois netos. Será que eles vieram para o Dia das Mães? Depois descobri que o seu Sérgio se acindentara de carro no dia anterior, uma colisão com uma Mitsubishi, mas nada sério. A família veio ve-lo e passaram para um café com meus sogros. 

Foram embora umas nove horas. Varri a área dos fundos, onde receberíamos a Joana. A Rosi acordou às 08h30min e tomamos café juntos, esse aí de cima foi o meu. Começamos a preparar tudo. A mulher a maionese e eu o churrasquinho de espetinhos. Eu incomodado com essas dez mil mortes pela Covid-19 no Brasil, pelo número ter dobrado rapidamente. A Joana chegou às 11:30h. Nós sentamos numa ponta da mesa, ela noutra. Distanciamento social e máscaras. Nos meus sogros, o cunhado mais novo, Pedro, veio e eles almoçaram no pátio, uma lasanha. Além dele e dos pais, meu cunhado mais velho e um irmão da minha sogra que aparece por ali e fica uns dias, às vezes.

Estranho estarmos em pátios separados, cada um no seu. Sempre juntamos as famílias debaixo dos jambolões no pátio do meu sogro em ocasiões festivas, sempre; desta vez, não, por motivos óbvios, né. Na verdade eu sempre vou para a casa de minha mãe nesse dia, e fiquei. Ainda bem que a Joana veio, coisa boa, fiquei feliz. Nós três em casa novamente, como era antes. Ficamos felizes. Meu genro Jessé não veio, foi pra casa da mãe dele. Joana deu uma correntinha, um sabonete e dois cremes para a Rosilane que, por sua vez, deu o artesanato do qual falei na públicação de ontem pra sua mãe. Oferecemos uma generosa "provinha" da maionese e dos espetinhos pra eles também, junto com uma Fanta Zero, que minha sogra adora. Eles nos deram uma boa porção da lasanha deles. Não comi, mas a Joana devorou e a Rosilane provou. Por umas 15 horas chegou a Manuela, esposa do Pedro, com o Artur, filho deles, de colo.

Sentamos na frente da casa, conversando, tocando violão e cantando com a Joana, até umas 20h30min. Lá por umas 17h, a Amanda, uma moça que cuida da mãe, fez uma live com ela, pela whatts da Rosilane, conforme combináramos na noite anterior. Gente boa essa guria, bem atenciosa. Ela tocou violão para a mãe cantar índia. Conversamos. Foi legal. Falei bastante com o pai por telefone, o estado de espírito dele tá legal, tá forte. Bom isso.

Eu meio triste, não sei se pelos óbitos, se por preocupação com meus pais e sogros, por não ter ido ver minha mãe, mas o fato é que não estava com uma energia legal hoje. Minha filha e esposa disserem que, se as coisas estivessem muito ruins por aqui na nossa região e cidade, nós saberíamos devido as mortes que ocorreriam, coisa que, graças a Deus, não aconteceu por aqui. Joana foi, Jessé veio buscar de carro com seu irmão. Higienizamos tudo: chão, cadeiras, louças. Protocolos no rigor. É o que se pode fazer. Agora é dormir.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 10/05/2020 às 22h31
 
09/05/2020 13h10
50 dias de isolamento social

Desde o dia 21 de março cumprindo o isolamento social; 24 de março, 46 dias atrás, foi o último em que saí pra rua, desde lá, tudo o que precisou se fazer foi online ou tele. Cinquenta dias. E parece que no Brasil, com o inverno iniciando e o lamentável e absurdo governo federal atrapalhando os governadores e prefeitos de capital, o pior ainda não veio.

Espero que nunca venha, embora os números mostrem um crescimento paulatino e, em alguns estados, como SP, RJ, CE, PE, AM e PA, a coisa esteja dramática. Tudo vai depender da sociedade decidir se proteger e de como a questão da sobrevivência das pessoas se dará com alimentação, água, luz e remédios, ou seja, o essencial. De fome ninguém morrerá no curto prazo, só pela Covid-19. Mas tem políticos e empresários pressionando pela volta à "normalidade" (!?). Querem "economia e morte", esses, mais preocupados que estão com a morte de CNPJs que podem ser recuperados do que com CPFs irrecuperáveis se a morte lhes atingir.

Em casa tudo como sempre. Perfeita a convivência com a esposa. Uns quatro dias atrás ela pegou 150 reias de seu pai em notas de 50, de uma dívida que ele tem para com ela, e esqueceu de lavar as mãos. Uma barra, pois a situação na casa dos meus sogros continua do mesmo jeito que já falei nas postagens anteriores aqui nesse Diário. Mas não ficou muito tempo assim, diz que lavou as mãos uns 15 ou vinte minutos depois, quando foi comer uma laranja. Torçamos pelo melhor, né. Erros acontecerão, meus e dela, e a verdade é que não somos vítimas ou culpados de algo que é muito maior do que a gente e de que todas as pessoas deste mundo. O grande inconveniente disso é que teremos de passar, novamente, uns dias dormindo separados, eu na sala. Uma bosta. No mais, tudo ok, sem dramas, né.

Amanhã é dia das mães e a Joana virá aqui em casa. Vai ser estranho, pois iremos seguir rigidamente os protoclos de distanciamento social. Faremos um almoço no pátio - churrasquinho com espetinhos, ela numa ponta da mesa, nós na outra. Ela não poderá ir no nosso WC. Será um encontro de duas, três horas no máximo. É o que dá, tem de ser assim. Ela esteve aqui nove dias atrás, numa quinta-feira - 30 de abril, quando o Pedro, meu cunhado mais novo, apareceu na casa dos meus sogros, com a esposa e o filho, e também os vimos. A Joana teve de sair de casa e aproveitou para passar. Sentamos na área da frente. Comprou umas coisas pra gente no supermercado Bonato, que não tem no COPAC - onde compramos online e recebemos por tele-entrega. Vai ser muito bom ver nossa filha. Ontem compramos umas coisas no COPAC para recebê-la bem.

Na quinta-feira passada, dia 7 de maio, desmontei a máquina de lavar antiga que estava na área. Deu um trabalhinho, deixei só a carcaça de metal com a tampa de vidro, que agora serve para colocar dentro as compras quando chegam, a fim de diminuir a área do piso a ser rigorosamente lavada após a higienização das mesmas.

Na terça-feira, dia 28 de abril, fizemos rancho na COPAC. Dá um trabalhão higienizar todos os produtos com água e sabão, mas bah. A reorganização da biblioteca já está concluída. No mais tudo ok, com as rotinas: varrer e passar um pano no piso da casa, limpar as calçadas do pátio, recolher coco dos cães, alimentar cães e gatos, lavar a louça, escrever para o Portal, ler na biblioteca, acessar a internet e olhar o Face - que não acesso nos fins de semana, a fim de manter a saúde mental. Minha esposa faz a comida, arruma a mesa, lava e estende as roupas, usa internet e finaliza o trabalho final do mestrado dela. Ah, ela tem habilidades manuais para o artesanato, então fez um presente para a mãe dela, bem bonitinho, uma tábua para prender papeis e chaves. Eu não fiz nem comprei nada para minha mãe - não vejo ela e o pai desde dia 19 de março. Como entregaria, em segurança? Escrevi algo sobre isso para o Portal, ontem, sem citá-la (https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/6941195). Já a Rosilane é só entregar pra sua mãe, pela cerca, pois como não saímos de casa não tem risco de algo sair daqui pra lá, só ao contrário, pelos motivos que já escrevi anteriormente.

Era isso. Cinquenta dias e, graças a Deus, todo mundo ok na família. A próxima data agora é meu aniversário, dia 24 de junho, daqui uns 40 dias. A boa notícia é que me avisaram no serviço que os atestados, no meu caso, grupo de risco por diabetes 2, passam a ter validade de 30 dias, não mais de 15. Facilita, né.

Na foto, o Botafogo deitado e a Ponte Preta colocando a pata no pé da Rosilane - que ela e a Joana chamam de Bela, seu nome oficial. O Maurinho, o taxista que a deu pra mim, a chamava de Mixuruca. "Mixuruca, ô mixuruca" - ainda ouço na memória ele falar, com sua voz arrastada. Como deve estar o Maurinho? Não tenho o número do celular dele, só o do Celito, o profissional que usava quando estava trabalhando. Cara legal o Maurinho, boa gente.

Ah, o Celito voltou a trabalhar no táxi. Tem 78 anos, ele, mineiro aposentado. Deve estar precisando muito. Só ele e a mulher em casa, e cuidam da filha doente. Umas barras enfrenta o Celito, mas não reclama de nada, uma fortaleza ele, que homem verdadeiramente admirável. Descobri que eie voltara porque chamei o Vildomar para uma corrida, para buscar um atestado pra mim na Clínica. Ele não pode vir e mandou o Celito, daí vi que ele voltou a trabalhar no ponto. Estava atendendo só de casa, no celular, mas não o chamei para evitar expô-lo nesse momento. Bom, se ele precisa, vou voltar a ligar pra ele quando necessário. Que Deus preserve esse homem de grande valor, ele e a sua família.

E lembrei agora também do Nilson, que trabalhava com o Celito antes do Maurinho. Ele passou aqui por casa, semanas atrás. Estava de bicileta, pochete e sem máscara. Falou que fora em Porto Alegre ver o médico - fez operação, tem uns problemas de saúde - e que não havia ninguém na rua e nos ônibus por lá e tampouco na linha intermunicipal daqui de Charqueadas. Perguntei se não era melhor ele ficar em casa. Desconversou, disse que ia na filha, estava feliz, sorridente. Semana passada passou aqui perto de novo, caminhando, vi-o virando a esquina. Cara legal, tinha sempre uns sons legais em pendrive, internacionais antigas dos anos 1960 e 70, ouvíamos bem alto nas corridas que ele fazia, eh eh eh eh. Tudo de bom pra esse gente boa, todos acima dos sessenta: Celito, Maurinho e Nilson.

Tudo de bom pra ti que estiver lendo isso também. Fui. Tchau.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 09/05/2020 às 13h10
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