No sábado, dia 9, às 18 horas, na Igreja Navegantes, perto daqui de casa, fizemos a missa de 30 dias da mãe. A Emília e o pai desejavam fazer novamente na Cohab, como no sétimo dia, mas iria trabalhar domingo, então pedi para ser sábado.
O padre Geneu celebrou a missa e tratou em sua homilia do tema da leitura do dia, aquele do "mais fácil um camelo passar pelo burado de uma agulha do que um rico entrar no reino do céu". Fazia uns 20 meses que não ia numa igreja, por causa da pandemia. Tudo ok, pessoal espaçado, todos de máscara. O pai estava emocionado, chorou quando falaram o nome da mãe. Fomos eu, a Rosilane, o pai, a Emília e o Gilmar.
Na saída vi que a Paula também estava lá e conversei com ela sobe o assunto do pai, achei a presença dela um sinal de que deveria.
Está bonita a igreja, com os vitrais reformados, eu e a Rosilane contribuímos para tal.
Trabalhei dia 2 com a Mari Belíssimo, quando completei 19 anos de Pórtico. Com as demandas em torno do pai, esqueci de registrar. Faço-o agora.
Ontem, quinta-feira, o pai veio conhecer a Beatriz. Busquei ele com o Celito às 10h30min. Tomamos whisky Jack Daniel's Tenesse Honey jungto com o Jessé. Seu Pedro e a dona Eva vieram também. Seu Pedro nos deixou um peixe ensopado e um pirão para o almoço. Excelente. O pai ficou até umas 15 horas, foi muito legal.
Hoje almocei com o pai na casa da Emília. Combinei com ela falar na segunda-feira. Uma barra, com certeza. Não paro de pensar nisso.
A missa de 30 dias da mãe será no sábado, às 18 horas, na Igreja Navegantes, perto de minha casa.
Hoje, às 09h, peguei o táxi do Celito e, conforme o combinado, fui levar o pai no Júlio Rosa, para ele ver o túmulo da mãe, pois amanhã fará 30 dias do enterro. Surreal. O pai lá, sem saber da situação dele, e eu junto, sabendo. Como contar e terminar com a paz dele? É esperar o momento certo, o dos exames. Passamos na floricultura Guria das Flores, perto da casa da Rosângela Dornelles. Comprei um vaso com espadas de São Jorge, um com uma hortência rosa e um vaso para as hortências azuis que o pai trouxe. Vi um gato de pelúcia bem legal e levei.
Retiramos algumas flores secas de cima do túmulo e colocamos as nossas, mais o gato. Rezamos três Ave Maria e um Pai Nosso, o pai muito emocionado. Ao sair, o pai disse "ano que vem eu volto". Fomos na Cruz das Almas, deixei velas ali a pedido dele e fomos embora. Passamos na casa da tia Dione, eu queria pedir a chave do vitral do túmulo, ela me deu, pois não pode mais ir lá. Pediu pra mim colocar uma cruz no túmulo, dentro do vitral. Larguei o pai em casa, peguei um crucifixo de metal que temos há muito na família e voltei lá para colocar ele e o gato dentro do vitral. O Celito foi ver o sepultura do filho dele, fui junto. Vimos os do Nilson, do Reis e o do tio Eraldo.
Voltei pra casa do pai e ele estava na Emília. Fiquei lá com ele, almoçamos, o pai pediu pro Tiago buscar o vinho da Aurora que eu lhe presenteara, especial de 90 anos da vinícola. Bebemos, brindamos "ao dia de hoje, que amanhã pertence a Deus", por proposta do Mateus. Muito apropriado, ainda mais que o Mateus não sabe de nada ainda. Só eu, a Emília e o Gilma sabíamos.
Voltei pra casa às 13:30. A dona Claudete estava no táxi junto com o seu Celito, passeando, como ela faz às vezes. Voltei pra Joana e para a Beatriz. A situação do pai não me sai da cabeça, o que ela vai passar eu conheço e sei que será desesperador. Postei uma foto de mim, do pai, da mãe e da Emília no Facebook e aquela canção do Guilherme Arantes, Meu mundo e nada mais. Aliás, acordei com essa canção na cabeça hoje. Tudo a ver, né.
A Joana está dando banho na Beatriz no quarto, e ela chora. Música!
Ontem, segunda-feira, fomos eu e a Emília em Porto Alegre, no carro dela, ver um pneumologista. Saímos às 14h - a mana estava conversadeira, fora do comum dela -, a consulta era às 16:30, fomos atendidos por volta das 17h. Ele olhou os exames do pai. Avaliou que o quadro é muito grave e pediu mais três exames. Muito grave tipo estágio avançado, espalhado. É foda. Nossas esperanças foram dilaceradas.
Demos uma passada no shopping João Pessoa. Tomamos um café. Fazia uma ano e sete meses que eu não ia à Porto Alegre.