João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Meu Diário
08/01/2021 17h01
Fim de ano com mãe no hospital

No dia 22 a mãe, que há muito desejava vir aqui em casa, embora eu relutasse da pertinencia disso, por segurança na pandemia - ela é diabética, cardíaca e está doente - disse que viria. Acabei aceitando, ela queria muito e havia como tomar todas as medidas de distanciamento social no meu pátio para recebê-la. Na hora marcada, ela ligou dizendo que não estava bem e que não viria. Marcamos para o dia seguinte e também não veio. Bom, eu havia consentido com o desejo dela. Decidi então que, dia 3 de janeiro, aniversário de 77 da mãe, iria sair pela primeira vez desde 24 de março de casa a fim de ir lá na casa dela dar parabéns e cantar umas canções, no pátio, com todo o cuidado.

Dia 31 estou deitado, por acordar, era umas 10h, e toca o celular. Era a minha prima Paula perguntando se eu tinha notícias da mãe. "Notícias da mãe? Ué, porque? Aconteceu algo, Paula?" Ela desconversou, deu uma desculpa furada e desligou. Liguei para a rediência dos meus pais e ninguém atendeu. Liguei pra casa da minha irmã, a Emília, e o marido dela, o Gilmar, atendeu. Perguntei porque não atendiam lá e ele: "Então tu não sabe de nada, né?" Minha mãe caiu um tombo na cozinha umas 22 horas do dia 30, quebrou o fêmur e a Emília estava com ela no hospital desde então. Puxa, isso era ruim, o seu cardilogista, ano passado, havia avisado: "Dona ivone, só não me inventa de cair e se quebrar". Aquilo me deixou atarantado para o dia 31, obviamente. Falei com minha irmã e ela me disse que a mãe não estava legal.

Mesmo assim assei o churrasco para a Rosilane, o seo Pedro, a dona Eva e a Sílvia Regina - viúva do tio Sérgio, irmão do seo Pedro. Fiz um vídeo - imagem acima - falando sobre a situação e comemorando todo mundo vivo, mesmo com a mãe no hospital. Tem de agradecer, pois tem gente que perdeu a mãe para a pandemia em 2020, né.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 08/01/2021 às 17h01
 
26/12/2020 21h30
Artur abriu sua primeira cerveja hoje, eh eh eh eh

Hoje o Pedro trouxe o Artur aqui pela manhã, no pátio do seo Pedro e dona Eva. Tirei o "keko" da Joana do forro, lavei e dei pra ele usar. É esse cavalinho de balanço cor de laranja. Além disso, dei uma cerveja pro pedro, ele viu e quis uma, peguei e dei. Tentava tomar e, surpresa, fuçou no lacre para abrir. De tanto brincar com a lata, deixou cair no chão e furou. Então essa foi, de certa forma, a primeira lata de cerveja que ele abriu, sem tomar, claro. O cão preto deitado é o Meia Noite ou Fiel, e as pessoas são o seo Pedro, a irmã dele, Vilma, e o Pedro.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 26/12/2020 às 21h30
 
26/12/2020 21h06
Natal em família em tempos de covid

Na ceia da noite do dia 24, estiveram aqui a Joana e o Jessé no nosso pátio. No pátio dos meus sogros, além deles, o Pedro e a Manuela com o Artur, o irmão do seo Pedro, Vilma, e o amigo do Pedro, o Bozo. Aqui fizemos o distanciamento e a Joana e o Jessé ficaram uns três metros afastados, com o vento soprando pro lado deles. Foi legal, bem legal. Demos brindes de Natal: um "cartão" de louça com a foto da Joana bebê abaixo, canecas de Natal para os outros e uma com a foto do Artur para o Pedro - ele não curte coisas natalinas. Para cada família, um passador de café personalizado com fotos (casamento para Joana e Jessé, foto da família para Pedro e Manu e Artur para seo Pedro e dona Eva). Ah, e dei um presente de níver atrasado pro Jessé, um mini engradado personalizado de cerveja. Comprei tudo no Atelier Gráfico, do Manoel Henrique.

 

Dia 25 - quando completamos 280 dias de isolamento social - a Joana e o Jessé vieram almoçar aqui, outra vez o mesmo procedimento, só que agora sentamos embaixo das árvores da frente, onde enfeitei para o Natal. Adorei almoçar sob a sombra delas, mesmo. A Joana veio vestida tão bonitinha. Curti tanto que pedi pra tirar uma foto para guardar, da minha linda.

 

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 26/12/2020 às 21h06
 
22/12/2020 23h05
Ortega Y Gasset: 277 dias

Fui fechar a janela do quarto devido ao vento frio pelo adiantado da hora e vi as árvores da casa do meu sogro balançando. Já estou aqui desde 21 de março, há 277 dias, sem sair, e pensei que poderia ficar pelo resto da minha vida, com minha esposa, as gatas, a cadela e o cão. A única coisa que falta é um curso d'água passando ao lado ou ao fundo do terreno, uma sanga que fosse. Com isso, seria perfeito. A gente vive bem com muito pouco e em pouco espaço, desde que esteja com o coração e a mente de boa. Água, ar, comida, companhia. Não precisa de muito.

Não sei o que isso revela de mim, sinceramente também não estou preocupado em saber, só sei que é a minha verdade. Sou um homem simples, não muito diferente das gatas e dos cães, esses que vivem o seu tempo todo no meu terreno, na minha casa e parecem estar de boa. As gatas por total opção, os cães porque não posso criar soltos, devido ao movimento de carros na rua. Contudo, os que já criei soltos ficavam pela volta a maior parte do tempo antes de serem atropelados, logo, penso que o Botafogo e a Bela Ponte-Preta fariam o mesmo.

Ficar por aqui, ainda mais hoje em dia, quando podemos comprar tudo o que precisarmos e quisermos sem sair de casa. A pandemia me fez ver isso. Muitas das necessidades que eu tinha sumiram na atual circunstância, logo, deveriam ser circunstânciais, também. O homem é ele e a sua circunstância, disse Ortega Y Gasset. Sabia do que estava falando. No Natal completarei 280 dias de isolamento social; em 14 de janeiro, 300. Sei que não haverá vacina até lá. O mais provável é que eu chegue a 365 dias nessa situação, no mínimo, talvez até a próxima Páscoa. Estarei nessa até o próximo inverno? Não sei.

Vou ler a edição capa dura da Melhoramentos, tradução do Mário Quintana, que é o que vim fazer no quarto. A capa roxa brilha no escuro. Eh eh eh eh eh. Encomendei ele há uns três ou quatro meses com a Lua de Papel, entregaram-me faz uns 15 dias. Estava na quarentena. Por garantia, passei álcool no plástico e, depois de abrir, na capa. Vai que, né?

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 22/12/2020 às 23h05
 
20/12/2020 13h10
Artur entrou aqui hoje

Hoje pela manhã o Pedro e a Manuela vieram tomar café com meus sogros. Ela veio com o Artur junto ao portão que tenho na cerca que divide os pátios e o guri, que está começando a andar, se firmou no portão, começou a balançá-lo e a mexer no cadeado.

Entendi que ele queria entrar no pátio. Pensei: Porque não? Se a Joana e o Jessé entram, ele também pode, pois se eu usar máscara e lavar a mão depois de tocar nele, não haverá perigo ou quebra de protocolo, eis que ele é muito pequeno e não ficará com a respiração na altura da gente. Botamos máscaras eu e a Rosi e abri o cadeado para ele entrar. Fez uma folia aqui: andei com ele pela mão, brincou na água dos cachorros e entrou dentro de um balde cheio d'água, depois de brincar com bolinhas de Natal dentro dele.

Querido, um mimo essa criança, alegre e afetuosa. Convidei a Manuela para entrar também, dei-lhe uma máscara. Sentou numa cadeira e ficou no protocolo de dois metros. Foi legal, gostamos muito. Eles foram a quarta e a quinta pessoas que entram dentro do meu pátio desde 20 de março. O Artur foi a quarta pessoa a entrar dentro da minha casa, fui com ele pela mão dentro da cozinha. Antes dele, a Joana, o Jessé e o rapaz da TKNet que veio arrumar nossa conecção com a internet. Tudo sempre dentro dos protocolos, rigorosamente.

Tive os cuidado de lavar as mãos a higienizar as coisas onde o Artur tocou, assim como faço com a Joana e o Jessé. Protocolo é protocolo, se você não o segue sempre, acaba esquecendo um dia. Adorei lidar com ele.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 20/12/2020 às 13h10
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