João Adolfo Guerreiro
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Meu Diário
24/04/2017 10h00
Corinthians x Ponte Preta: repete-se, 40 anos depois, a final histórica

1977 foi um ano muito importante para mim, em termos futebolísticos. Foi quando eu comecei a companhar futebol e optei pelo Grêmio, que, naquele ano, foi campeão Gaúcho e interrompeu uma série de oito títulos consecutivos do Inter. E, também, foi o ano em que o Corinthians foi campeão depois de um jejum de 23 anos. Pela semelhança da situação dos dois clubes, esses fatos ficaram guardados em minha memória. Vou falar um pouco sobre o segundo.

Os corinthianos estavam desesperados por um título, após 23 anos de seca total. O presidente, o folclórico e inesquecível Vicente Matheus, fazia de tudo para que, naquele 1977, o Curingão desse uma alegria para a fiel. No ano anterior, o Corinthians chegara à final do Brasileiro, mas foi superado pelo grande time que o Internacional RS possuía, por 2x0.

Agora, era a final do Paulista, contra a Ponte Preta, de Campinas. Timaço, naqueles tempos. Também decidiria o paulista de 1979 com o mesmo Corinthians e fez uma semifinal do Brasileiro de 1981 com o Grêmio, para vocês terem uma ideia do que era a Ponte nos anos 1970: uma força inconteste e temida do futebol brasileiro. Tal qual o seu grande rival campinense Guarani, campeão Brasileiro de 1978. Outros tempos, como cantou Alberto André.

Para encurtar a história, foram necessários três jogos para definir o campeão. os estaduais eram definidos no final do ano e o jogo ocorreu em outubro. Lembro, de cabeça, do grande camisa 10 Dicá, da Ponte. baita jogador. E do Basílio, do Corinthians, que fez o suado gol corinthiano na terceira partida, dando o título ao clube. Sabe, foi muito emocionante acompanhar aquilo, os caras estavam muito loucos e desesperados por um título. Nunca esqueço.

Agora, 40 anos depois, a história se repete. Torci para o Corinthians, á época. Torcerei hoje para a Ponte, pois o clube, fundado em 1900, não sei se vocês sabem, NUNCA foi campeão estadual ou nacional. Foi a equipe que mais jogadores forneceu para a Seleção Brasileira e que, junto com Vasco da Gama e Bangu, nunca praticou qualquer forma de preconceito racial. O primeiro jogador negro a defender um clube de futebol brasileiro foi na Ponte Preta.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 24/04/2017 às 10h00